sexta-feira, 8 de julho de 2011

a verdade vem sempre ao de cima # 5



Pouco depois de Quico ter abandonado a festa, Filipa recebeu uma chamada no telemóvel.
- Mas o que é que este quer agora ?! - disse, entre dentes. - estou ?
- Tive um acidente, vem ter comigo, por favor. - disse do outro lado, uma voz desesperada.
- O quê ?! Tu estás bem ? Onde é que estás ? - exclamou em aflição.
- Eu estou bem, só tenho uns arranhões, o carro é que tá pior. Preciso de ti, por favor.
- Eu vou, eu vou. Diz-me onde estás!
- Eu nem sei bem onde estou. Estou algures pela estrada quando se vai para minha casa. Diz ao André, ele sabe.
- Ok, ok. Eu vou ai. Tem calma.

- André! André, podes conduzir não podes ?
- O que se passa ? Que cara de preocupada é essa ?
- André, vem, por favor. Preciso que me leves, o Quico teve um acidente!
- O Quico o quê ? Ele tá bem ? Vamos lá!

Sem avisar ninguém saíram os dois. Filipa contou a André o sucedido e rapidamente chegaram ao local. avistaram o carro, com grandes danos, num terreno à beira da estrada. Quico estava sentado na berma da estrada, a chorar.
- Oh meu Deus!
- Puto, tás bem ? - perguntou André.
Filipa correu a abraçar o rapaz. Naquele momento toda a raiva que lhe tinha parecia ter desaparecido. Estava apenas preocupada.
- Estás bem ? Chamaste a policia , o INEM ?
- Não, eu estou bem. Só me dói o joelho e tenho uns arranhões e umas feridas.
- André podes chamar o INEM ?
- Sim, claro!
- Não é preciso, fi. Eu estou bem, tu estás aqui, eu estou bem. - disse, envolvendo-a com os braços. - Fui tão porco contigo. Tu mereces tanto mais e eu fui tão cabrão!
- Deixa isso agora... O que importa é que estás bem.
- Não! Eu preciso de te dizer isto. Eu gosto mesmo de ti, tu és uma rapariga fantástica! Estares aqui comigo só prova isso mesmo, eu fui um cobarde, um porco, um cabrão, mas mesmo assim tu vieste. Desculpa! Desculpa.
- Eu não esperava aquilo que fizeste, custou-me muito, magoaste-me. Mas, assim que me disseste que tinhas tido um acidente, eu quis imediatamente vir ver de ti. Eu continuo a gostar de ti, talvez ainda mais do que antes, e saber que podias estar em perigo assustou-me. Já não sinto raiva sequer.
- Eu sei que não me adianta de nada estar agora com desculpas, mas a sério, perdoa-me.

Entretanto chegou a ambulância. Depois de se despedirem e agradecerem a André, Quico e Filipa entraram na ambulância que os levou ao hospital onde confirmaram que Quico estava bem

3 comentários:

  1. Bem, chego eu da faculdade e venho visitar os blog's e leu tudo o que tenho em atrasado e fico com este capítulo? Aii Niqui, vá lá escreve mais (a)

    ResponderEliminar
  2. adoro ler esta história :)
    continuaaa!

    ResponderEliminar