sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Tempestade de Emoções # 18

Mais uma vez na biblioteca, Salvador encontrou Maria.
- Olá Maria.
- Olá.
- Mau, que acara é essa?
- Cara de quem não sabe estudar biologia!
-Ai, mas isso é fácil! Queres ajuda ?
- Quero.
Salvador explicou uma série de matéria e Maria compreendeu tudo surpreendentemente bem.
- Vês? Não é fácil?
- Sim, agora é. Muito obrigado Salvador!
- ora essa! É amanhã que tens teste ?
- Sim.
- Hm, e percebeste tudo ?
- Sim, agora sim.
- Boa. Então vais tirar boa nota, vais ver.
- Era bom que sim. Preciso mesmo.
- Confia em ti.
- Oh.
- Oh, nada. Confias e pronto.
- Sim, capitão!
- Então e ahm.. amanhã à tarde estás livre ?
- Hm.. sim.
- Que me dizes a uma aulinha de equitação ?
- A falar a sério ?!
- Claro!
- Que fiche! Sim, claro que sim!
- optimo.
Entretanto tocou e sairam os dois. Maria esperou pelos irmãos e foram para casa.

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Tempestade de Emoções # 17

XVII


O resto da semana passou sem grandes acontecimentos, assim como o fim-de-semana. Segunda-feira para grande tranquilidade de Maria, Rita já estava mais animada. E nesse mesmo dia tiveram jogo de voleibol contra uma escola das proximidades. À hora do intervalo o pavilhão encheu para assistir ao jogo. A equipa era formada por Maria, Quica, Filipa, Rita, Laura, Vera, uma rapariga da turma de Quica, e Ana que era a melhor amiga de Laura. Havia ainda outras raparigas na equipa que por norma ficavam como suplentes. Esta epoca, Maria era a capitã. A equipa visitante era bastante boa mas as raprigas conseguiram derrota-las para grande alegria de todos.
No final do jogo, Salvador foi ter com maria elogiando-a, falaram durante um bocado e Maria acabou por ir para casa. Quando estava a orientar o jantar, ouviu um berro.
- MAAAAARIIIIIAAA!
Foi ao encontro de Sofia que estava na casa de banho.
- O que foi Sof ?
- Olha, acho que me veio o periodo. - disse apavorada.
Maria desatou a rir.
- Ahah , a sério ?
- SIM! Não mete piada Maria!
- Oh é uma coisa perfeitamente normal, mana. Já estás uma mulherzinha.
- Que treta !
- Tens dores ?
- Não.
- Então sente-te feliz.
- Que engraçadinha!
- A mãe já falou contigo, não já ?
- Sim...
- Então pronto. Mas sempre que quiseres perguntar alguma coisa estás à vontade. De mulher para mulher.
- Obrigada, mana.
- Não tens de quê. Sabes onde estão os pensos e isso não sabes ?
- Sei.
- precisas de alguma coisa então ?
- Hm, não. Podes ir.
- Se precisares é so dizeres, já sabes.
Maria voltou à sala.
- Então o que se passa? - perguntou Vasco
- Coisas de raparigas. - disse Maria com um sorriso.
- Uuuh, tipico! - ripostou Diogo.
- Ahahah, tás lá puto!

Tempestade de emoções # 16

XVI

Maria estava a estudar na biblioteca quando Salvador apareceu.
- Olá. - sorriu
- Olá
- Passa-se alguma coisa ? Estás com uma cara trste.
- Estou cansada e preocupada. É só isso.
- De facto estás com olheiras.
- Não dormi quase nada.
- Mas o que se passa, pequena ? Posso ajudar ?
- Oh é a Rita. O namorado traiu-a. Ela passou a noite lá em casa e estava sempre a acordar, perturbada... Está de rastos. E custa-me vê-la assim. É a minha melhor amiga.
- Wow! Que cena.
- Pois. Porquê ? Porque é que as pessoas não são fieis ?
- Há tanta coisa que as pessoas deviam ser, pequena Maria.
- Fala-se em crise económica e de facto está grave. Mas já viste a crise de valores ? É ainda maior!
- Ahah, que filosofica. Mas tens toda a razão.
- O mundo revolta-me, Salvador! Revolta-me mesmo!
- Eu sei, mas não te adianta de nada.
- Pois, eu sei!
- Hm, então e que me dizes a um passeio pela barragem amanha há tarde para acalmar essa revolta toda ?
- Oh, não quero deixar a Rita sozinha.
- Tra-la contigo.
- Hm, não não quero incomodar.
- Maria! Não incomodas coisa nenhuma.
- Hm, mas não te importas ?
- claro que não.
- Ok, eu falo com ela então.
- Então depois diz-me alguma coisa.

Maria sentia-se sempre bem na compnahia de Salvador, a sua beleza e o seu doce sotaque deliciavam-na, mas acima de tudo agradava-lhe o carater.

Na Quarta feira de manhã, Maria tentou convencer Rita a acompanha-la mas Rita não cedeu e insistiu para que Maria fosse. Assim foi. Como de costume, depois do treino rumou a casa para almoçar com os irmãos e Salvador veio busca-la. O dia estava solarengo, convidativo a um passeio pela floresta. Quando chegaram a casa de Salvador, a D.Benedita estava à porta com um cesto de piquenique já pronto.
- Muito obrigada, avó!- agradeceu Salvador enquanto pegava no cesto.
- Ora essa! Divirtam-se e aproveitem este dia tão bonito.
Caminharam pela floresta. Iam conversando sobre tudo e mais alguma coisa. Lancharam perto da barragem. Foi mais uma tarde bem passada para os dois.


Tempestade de Emoções # 15

XV

Na segunda-feira, logo ao primeiro intervalo cruzou-se com Salvador. Conversaram um pouco, e tomaram o pequeno almoço juntos. Antes da aula seguinte ainda esteve com as amigas, Rita estava estranha, mas não quis dizer nada. Apenas à tarde quando já só estavam as duas, Rita desabafou. Não tinha noticias noticias do namorado desde sabado à noite. Maria tentou acalma-la e aconselhou-a a ir ter com o rapaz. Assim fez. Pouco depoiz de maria ter chegado a casa, Camila telefonou-lhe. Estava num pranto.

- Rita, o que se passa ? Estás bem ?
- Não, Mia, não estou. Podes vir ter comigo ?
- Claro. Onde estás ? tem calma.
- Estou no parque.
- 10 minutos e estou ai, tem calma.
Avisou os irmãos que ia sair e foi ao encontro da amiga.

- Ritinha! o que se passa?
- Foi horrivel, mia!
- Calma, pequena. - disse Maria abraçando-a.
- Eu cheguei lá e ele estava no bar a tomar café com outa. Estavam muito animados. mãos dadas e tudo!
- A sério?! Oh rita..
- nem deram por mim... Mas depois ele viu.-me, deixou-a e veio atrás de mim. veio dizer que aquilo não era nada do que eu estava a pensar...
- Tipico!
- Depois quis falar e falamos. E foi sincero: Sabado saiu com a tal gaja, e comeram-se. Ele não sabia o que me havia de dizer, mas precisa de tempo.
- tempo?!
- Sim.. Oh Mia é o fim...
Maria convenceu a amiga a ir passa a noite a sua casa pois ela estava de rastos e Maria não queria deixa-la. Rita passou uma noite muito agitada, assim como Maria.
A rapariga estava mesmo em baixo.


quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Tempestade de Emoções # 14

Na sexta-feira Maria foi a uma visita de estudo ao pavilhão do conhecimento. Divertiu-se imenso com os amigos, por Lisboa. Durante o fim-de-semana Maria ficou por casa. No sabado à noite, já estava toda a familia a dormir excepto Vasco que estava a ver um filme e Maria que estava a ler um livro. O telemovel de Maria vibrou.
- Estou ?
- Acordei-te ? - sussurrou uma voz doce do outro lado da linha.
- Não.. Respondeu Maria afastando-se para evitar que Vasco ouvisse a conversa. . - és tu Salvador ?
- Sou. Quem havia de saber ?
- Oh sei lá. Passa-se alguma coisa ?
- Não. Só queria ouvir a tua voz...
Maria sentiu as suas faces rubrescerem enquanto um arrepio lhe percorreu o corpo.
- Estás ai?
- Sim, claro.
- Está tudo bem ?
- Fiquei surpreendida, só isso.
- Hm, mas tu disseste para eu te telefonar se eu precisasse de alguma coisa e olha eu precisava de ouvir a tua voz... ver o teu sorriso, de te fazer um cafuné, mas hoje estou no Norte.
- Foste passar o fim-de-semana a casa ?
- Sim. Festa de anos do Fábio e do meu irmão ontem à noite.
- Que parvo! Só ligaste para fazer inveja.
- Claro que não, princesinha...
- Pois, vou fingir que acredito.
- Oh, a sério.
- Olha aqui está frio sabes ?
- aqui está quentinho.
- Não te esqueças de trazer um bocadinho, então.
- Combinado.
- A namorar a esta hora, puto ?
- Cala-te, vai dormir, Gonçalo. Desculpa, era o meu irmão.
- Eu percebi.
- Manda beijinhos à menina.
- gonçalo, não me chateies.
- Ahah, és buéda mau. Depois chegas cá e dizes que tens saudades.
- Ohh..
- Eu sei.
- Tenho saudades tuas, Maria.
- E eu tuas, Salvador...
- Até segunda.
- Até segunda.
Maria desligou e voltou para ao pé de Vasco.

- Quem era?~Era o Salvador ?
- E se fosse?
- É tarde, não são horas de ligar a ninguém.
- Ahah, fala o senhor moral. - ironizou Maria.
- Era ele?
- Era.
- Que queria?
- Não tens nada a ver com isso.
- Mau.
- Ai, Vasco! Eu não te faço inqueritos destes!
- Sou mais velho.
- E cusco!
- Vá, conta-me. Voces namoram ?
- Não.
- Tens a certeza?
- Tenho.
- Curtiram? Já se beijaram ?
- Nada disso.
- Ele é fraco!
Maria desatou a rir.
- O que é? Está na cara que ele e´stá apanhadinho por ti e ainda nem um beijo te roubou.
- Ahah, se já o tivesse feito tinha-lo espancado.
- Que exagero. Mas confessa, tu também gostas dele ?
- Hm, já gostei menos.

E a conversa ficou por ali. Foram-se deitar. Maria ainda ficou acordada a 'digerir' o telefonema, ainda mandou uma mensagem a Rita mas ela já não respondeu. Acabou por adormecer.

Tempestade de Emoções # 14

XIV - 

À tarde, Maria tinha aula com Salvador e novamente fizeram jogo entre turmas, mas desta vez Laura não fez aula o que permitiu que o jogo decorresse sem qualquer incidente. Salvador vestiu a camisola de Fábio Coentrão como havia prometido a Maria.
- A camisola! - exclamou maria quando se encaminhavam para os balnearios.
- Sim, é das dele.
- Que linda!
- É normalissima, Maria.
- É do Fábio, tás a gozar ?!
- Ahah, tu deves ser a fã mais fã dele..
Maria não lhe ligou. Estava concentrada a tentar decifrar o que dizia no autografo.
- Para o meu substituto, um grande abraço. Fábio Coentrão # 18
- Substituto ? Que querido!
- O Fábio diz que eu hei-de seguir-lhe as pisadas.
- Jogas quase tão bem, como ele. Confesso.
- Aprendi muito com ele. Como já te disse, ele é o melhor amigo do meu irmão, jogavamos todos no Rio Ave, eles um ou dois escalões a cima e eu admirava-o muito e tentava sempre ser como ele.
- Digo-te que estás quase lá!
- Hm, pois, mas agora acabou-se o futebol.
- Cá também uma equipa, sabes ?
- Sim. Já fui convidado mas ainda não aceitei nem sei se vou aceitar. Queria era o meu Rio Ave...
Trocaram mais umas palavras e seguiram para os respectivos balnearios e de seguida para casa.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Tempestade de emoções # 13

XIII - Conversas

Entrou em casa extramamente feliz, apenas Sofia e Diogo estavam em casa. Vasco tinha ido à explicação e os outros ainda não tinham chegado. Tomou banho, preparou o jantar enquanto os irmãos viam televisão Quando os restantes membros da familia chegaram sentaram-se todos à mesa para comer o repasto confeccionado por Maria.
- Então Maria, divertiste-te durante a tarde ? - perguntou o pai .
- Sim, foi muito giro, mesmo. Aquela zona é tão bonita.
- Mas explica-me lá quem é que é o teu amigo.
- Não te sei explicar muito bem, mãe. Os pais e os irmãos dele moram em Vila do Conde, e ele mora cá com a avó e o tio, numa quinta que há ao pé da barragem, perto da reserva.
- Ah! Já sei quem são. - exclamou o pai. - O avô do teu amigo morreu há uns 4 ou 5 anos com ma doença galopante, a senhora ficou muito abatida e desde então nunca mais voltou à cidade. É sempre o filho que faz as compras, os recados, essas coisas. Eu fui lá há algum tempo porque ela estava muito doente mas não queria vir ao hospital e o rapaz pediu-me que lá fosse.
- Hm, tenho uma vaga ideia disso, tenho.
- A senhora é muito amavel.
- Então mas porque é que o rapaz não está com os pais ?
Maria hesitou, trocou um olhar com Vasco e acabou por dizer a verdade.
- O Salvador está cá de castigo. Foi expulso da escola dele.
- Porquê ?
- Acumulação de processos disciplinares.
- Ai, ó Maria, a mim não me parece ser nada boa companhia!
- Já calculava, mãe. Mas é, acredita que é. O Salvador cometeu alguns erros no passado, mas tem perfeita noção disso mesmo e aprendeu a lição.
- Eu confio em ti, Maria. E não me parece que o rapaz seja assim tão má companhia quanto isso. Estás tão feliz, hoje. Tu julgas as pessoas da maneira certa, não fazes como a maioria das pessoas, não te deixas levar pelas aparencias, pelo que dizem,  és ver para crer. Se tu dizes que o rapaz é boa companhia, eu acredito.
Maria sorriu, o pai apoiava-a em tudo, eram bastante próximos. Contudo a mãe não estava tão convencida assim. Após o jantar Maria esteve um pouco com os irmãos e quando eles se deitaram foi fazer os seus trabalhos, acabando por se deitar tarde.
No dia seguinte, Maria esteve um pouco aerea nas aulas, sentia-se feliz e isso notava-se na sua expressão, o que não passou despercebido às amigas, principalmente quando maria e Salvador trocaram um olhar bastante cumplice.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Tempestade de emoções # 12

XII - Cumplicidade

Ao almoço contou às amigas como tinha sido a conversa com Salvador.
- Ahahah, essa cena do numero foi muito boa, ó Maria!
- Oh, foi um impulso !

A quarta-feira chegou num instante. Depois do treino foi para casa, almoçou com os irmãos e Salvador veio busca-la Demoraram pouco mais de 10 minutos a chegar a casa de Salvador. A barragem estava cheia e chegava muito perto da casa. Maria conhecia a quinta de vista mas não sabia sequer quem eram os donos. A vista era magnifica. Entraram em casa, por fora era bonita, mas por dentro era ainda mais.
 - Anda, vou apresentar-te à minha avó.
A avó de Salvador era uma mulher já com alguma idade, muito simpática e amavel. Notavasse ser alguém humilde. Maria ficou encantada e a sra também. Salvador conduziu Maria numa visita pela casa. Era uma casa simples, mas encantadora.  O quarto de Salvador tinha uma varanda da qual se avistava uma paisagem lindissima.
- Uau! Que vista!
- É muito bonita mesmo.
- É algo extraordinario.
- E daqui a pouco ainda mais , com o por do Sol. 
- Ei, deve ser brutal mesmo!
- Gosto imenso de me sentar aqui ao fim da tarde com a viola. 
- Ohh, vai busca-la.  

Salvador acedeu e quando voltou já com a guitarra. Por ali passaram a tarde a cantar num ambiente muito cumplice. A avó trouxe-lhes o lanche e cantou com eles também . Era notório o carinho que Salvador nutria pela avó.
- Olha, olha além aqueles cavalos tão bonitos ! - disse Maria, fascinada.
Salvador sorriu e explicou-lhe:
- Um é do meu tio, outro meu, a égua era do meu avô... Agora é do meu irmão mais velho apesar de ele não ligar muito e o potro é do meu irmão mais novo, que adora animais.
- Que fixe! Gosto imenso de cavalos e aqueles são tão bonitos!
- Também gostro imenso deles. Todas as férias que aqui passei andava sempre nas lides da quinta com o meu avô e o meu tio. Às vees passavamos tardes inteiras a cavalgar por ai .
- O teu avô já ... - Maria sen«tiu um nó na garganta ao tentar dizer a palavra.
- Sim. Morreu vai fazer 4 anos. - disse Salvador baixando o olhar.
Maria ficou um pouco constrangida e limitou-se a passar carinhosamente a mão pela de Salvador. Este levantou a cabeça e esboçou um sorriso.
- Queres ir ver os cavalos ?
- Hm, pode ser.
- Anda daí, então.

Os animais eram muito doceis.
- Porque não vamos dar um passeio? - sugeriu Salvador.
- Adorava, mas está a ficar tarde e além disso não sei andar de cavalo.
- Eish, pois é ! Nem dei pelo tempo passar.
- Pois nem eu. Vês ? És uma optima companhia.
- Ahah, não, não. Tu é que tornaste isto numa tarde excelente.
- Claro que não.

Voltaram a casa para Maria se despedir da avó do amigo e de seguida Salvador levou-a a casa.



 

Tempestade de emoções # 11

XI - Contactos

A Sexta feira foi entregue à rotina e o fim-de-semana ficou por conta dos estudos. Apenas na segunda-feira conseguiram 'finalmente' encontrar-se.
- Grande Salvador!
- Pequena Maria! Na semana passada nem falamos...
- É verdade.
- Olha desculpa lá não te ter dado os parabéns. Não me esqueci, mas domingo de manhã fui para Vila do Conde e não tinha nenhum contacto teu...
- Ohh, que querido. Obrigada.
- Ora essa. Então e está tudo bem ? Esse joelho já está pronto para outra ?
- Eu estou sempre bem. Ahah, que engraçadinho, mas sim já está como novo.
- Aquilo entre ti e a Laura é a sério...
- Não.. Entre mim e ela não há nada, ela é que está sempre a picar.
- Foi muito fora aquilo que qela fez na aula...
- Eu nem lhe toquei!
- Eu vi.. E ainda teve a lata de dizer que quem não sabe jogar não joga...
- Oh, eu já nem lhe ligo.
- Fazes tu bem. N enfermaria, ela fartou-se de te insultar. Avisou-me que tu não eras aquilo que parecias, blábláblá.
- Que parva!
- Mas calma princesinha. Não és só tu que és ver para crer.
Maria corou.
- E para desanuviares um bocadinho, que me dizes a um lanche na barragem na quarta à tarde ?
- Oh, não tenho boleia..
- Quem disse ? Eu venho buscar-te e trazaer-te.
- A sério ?
- Claro.
- Então aceito!
- Está combinado então!
Maria pegou numa caneta e em seguida puxou a mão de Salvador e escreveu-lhe o seu numero de telemovel.
- Se precisares de alguma coisa, agora já tens o meu contacto-
Salvador sorriu, deu um beijo leve na face de Maria e partiu. Maria ficou sem reacção.




 
ps - a imagem é uma cena triste do filme, mas foi a melhor que consegui arranjar :x

Tempestade de Emoções # 10

X - Pós-Baile



Durante o resto do fim-de-semana Maria pos o estudo e os trabalhos em dia. Na segunda-feira fazia anos, recebeu inumeros telefonemas, mensagens, e-mails, etc. Passou o dia com a familia e as meninas. Na quinta-feira era dia de regressar à escola. O assunto geral ainda era o baile, as bebedeiras, as curtes, as traições, a indumentária, etc.
- Esta gente é memso mesquinha!
- Podes crer. Estão a comentar tudinho e nem se preocupam em ser discretas!
- Não entendo porque é que ainda ligam... Já sabem como é.

- Eish! Viste a maria ? Tava bué bonita.
- Yaa, vi. Ela e o rapaz novo andavam bué agarradinhos.. Ca para mim ali há gato.

- Mas esta gente, não ganha vida própria ? - comentou Maria ao ouvir a conversa de duas raparigas que passaram por elas.

Maria almoçou com os irmãos na cantina, pois as amigas tinham ido almoçar com os namorados. Maria apenas viu Salvador na ultima aula da tarde, que tinham juntos. Durante essa aula não falaram , mas iam trocando olares e sorrisos que incomodavam significativamente certas pessoas... No final da aula fizeram um jogo de futsal. Novamente um lance entre Maria e Laura gerou confusão. Laura tentou aproveiar a proximidade de maria e simulou  a falta.
- Aahh! Oh Maria, quem não sabe jogar não joga!
- Desculpa ?!
- Não, não desculpo. Tens noção de como doi a perna ?
- Eu nem te toquei, Laura !
- Já chega meninas. - acalmou o professor. - estás bem Laura ?
- Claro que não professor. Não viu a falta que ela me fez ?
- Mas o que é que te doi ? É o musculo, é o osso é o que ?
- É tudo junto! Se calhar parti a perna! Oh meu Deus!
- Que exagero. Vai lá à enfermaria, poe gelo, eve ser suficiente.
- Está bem. Salvador ajudas-me ?
- Eu ?!
- Oh, vá lá.
Contra-vontade Salvador foi com Laura até à enfermaria acabando por não estar com Maria naquele dia.

Tempestade de Emoções # 9

IX - O Baile


O dia seguinte passou a correr, ensaio geral da valsa, pentear este, vestir aquele e a noite chegou num piscar de olhos. Maria estava extremamente bonita, por sortr, a queimadura no joleho não se notava nem um pouco.
- Maria! Estás LINDA!´
- Obrigada, Rita. Tu também estás linda!
- Cala-te! És a princesa da noite!
A noite estava animadissima, montes de gente que ela já não via à imenso tempo, mas havia um rosto que Maria procurava ansiosa e instintivamente mas não encontrava, o que a entristecia um pouco.. Chegou a hora da valsa, todo o grupo dançou muito bem e foi mesmo durante a valsa que Maria avistou quem tanto procurava. Mas como quando acabou a valsa se gerou uma grande confusão com as pessoas a irem felicitar os finalistas acabou por perde-lo de vista.
Numa das idas ao bar com as amigas voltou a ver o rosto, estava rodeado de raparigas mas assim que viu maria deixou as outras (incluindo Laura) 'penduradas' e correu para ela. As meninas acabaram por deixa-la com o seu amigo.
- Maria! Estás tão mas tão bonita! - elogiou com um olhar doce.
- Obrigada. - corou. - mas olha que tu também estás todo janota!
- Ahah, estou normalissimo princesinha.
- Então e queres beber alguma coisa grande Salvador ?
- És tu que ofereces, pequena Maria ?
- Sou pois.
- Naa, não pode ser. Primeiro é o menino que dá à menina.  Cavalheirismo, minha cara.
- Ahahah, anda mas é beber qualquer coisa.
E foram. Mais uma noite muito bem passada na companhia de Salvador e dos amigos. Quando chegou a casa, Maria sentia-se novamente muito feliz.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Tempestade de Emoções # 8

VII - Preocupação

Quando chegou a casa, a mãe ainda estava acordada, conversou um bocadinho com ela e foi comer qualquer coisa. Sentia-se bastante feliz, mesmo sem razão aparente. Estava no sofá a ver um filme, quando Vasco entrou em casa.
- Boas.
- Olá.
- Precisamos de falar, Maria.
- Uii, o que se passa ?
- O Salvador.
- O que tem ? - perguntou Maria adivinhando o que vinha a seguir.
- Andam demasiado próximos voces os dois...
- Oi? Como é que é ?
- Sim, Maria. Tu por acaso sabes a historia dele ?
- Que história ?
- Sabes porque é que ele veio para cá ?
- Sei.
-Sabes ?!
- Sei.
- Ele não é boa companhia Maria.
Não sabes do que falas. Ficas a saber que o salvador é um rapaz espetacular.
- Imagino. Já te ofereceu ganza ou coisa do genero ?
- Claro que não. Nem o vai fazer. Mas se é isso que te preocupa podes estar descansado. O Salvador já nem sequer fuma.
- Maria não te quero perto dele e acabou.
- Mas é que nem penses!
- Ai penso, penso. A minha irmã não vai andar ai com um drogado!
- Vasco! Que retrograda! O Salvador é uma pessoa espetacular, de momento não fuma e s queres saber é um rapaz muito maduro. Sabe bem todos os erros que já cometeu e o que isso lhe custou.
- Tangas.
- Acredita que não são. Eu sei que parece isto e aquilo principalmente por causa da expulsão e também sei que só estás a ser assim para o meu bem, mas acredita em mim, mano. O Salvador é espetacular e jamais me obrigaria a fazer o que quer que fosse.
- Eu só não quero que ninguem te trate mal, Maria...
- Eu sei, mas o Salvador não vai fazer isso.
- Ok, eu dou UMA opurtunidade, mas se eu sei que ele te faz alguma coisa, aprto-lhe a boca toda!
- Que tolo, Vasco. tens de o conhecer melhor. E agora deixa-te de cenas e vamos mas é dormir que amanha temos um dia duro.
- Ahah, bora lá!
- Até amanha, mano.
- Até amanha, maninha. Gosto muito de ti.
- Eu também.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Tempestade de Emoções # 7

VII - Primeiro Encontro

Depois das aulas Maria segiu para casa na companhia dos irmãos. Adiantou alguns trabalhos, tomou banho, fez o mini-tratamento ao joelho, vestiu uma camisa que lhe ficava especialmente bem, jantou e saiu com o irmão. Já passava um bocado das 9 quando Maria chegou ao local combinado.
- Desculpa o atraso.
- Não tem problema, acabei de chegar também.
Entraram no bar, pediram dois cafés e dirigiram-se à esplanada. A noite estava um pouco fria, corria de vez em quando uma brisa gelada. O silêncio instalou-se, ouvia-se apenas a água do rio a correr. Passado uns momentos, Salvador fixou o olhar em Maria e quando encontrou o olhar dela sorriam.
- Fala-me de ti, pequena Maria. - pediu Salvador.
- Que queres saber grande Salvador?
- Tudo, conta-me tudo. - respondeu com um olhar doce.
- Tudo? Ena! Mas eu não sie por onde começar. Faz-me perguntas, talvez seja mais fácil..
- Está bem. Quantos anos tens ?
- Vou fazer 16, segunda-feira.
- Está quase.. Então e mais ? Tens dois irmãos, pai, mãe...
- Tenho 5 irmãos.
- Cinco ?! Bolas!
- Sim. Sou a segunda mais velha. O Vasco +e o mais velho tem 17, depois eu, 16, a seguir a Sofia, 12, o Diogo com 10, a Lucia com 7 e o Bernardo com 5.
- Wow. Deve ser uma grande agitação lá em casa.
- Nem imaginas!
- Preferias ser filha unica ?
- Tem dias.. Tantos às vezes é complicado, mas ao mesmo tempo não me imagino sem eles. Discutimos todos os dias, por isto ou por aquilo, mas lá no fundo adoro-os.
- Como te entendo...
- Também tens irmãos ?
- Sim, mas só dois. Um mais velho 4 anos e outro dois anos mais novo. Todos os dias andavamos à porrada e agora, eles estão lá e eu aqui...
- Vai custar-me imenso quando eu for para a universidade..
- Acredito.
- Então e tu, quantos anos tens mesmo?
- Vou fazer 17 em Abril.
- Hmm...
- Então e futebol ? És de que clube ?
- Benfica! E o sr caxineiro ?
- Rio Ave como é obvio! Ahah.
- Nem podia deixar de ser.. Mas até gosto muito do Rio Ave.. Por causa do Coentrão.
- Ahm ?
- Tenho um fascinio pelo Coentrão... - corou.
Salvador desatou a rir.
- Não posso! Ahah, o Coentrão é o melhor amigo do meu irmão.
- Tás a gozar ?! Que fixe!! Então, espera, tu conheces o Coentrão!
- Ele deve ter andado comigo ao colo, Maria...
- Aii, que sorte!
Salvador continuava a rir.
- Não te rias! Gosto muito de o ver jogar!
- Sim, ele joga bastante bem.
- E é giro, quando faz a barba!
- Quando faz a barba ? Ahahah, Oh my god, que tola.
- Siim! Não gosto de o ver com pera.. Um dia vou ao Estádio pedir-lhe a camisola..
- Ahahah, eu tenho uma ou duas autografadas.
- Tens ?! Que fixe, fogo!
- Uma do Rio Ave, outra do Benfica, não sei se as tenho cá, mas se tiver para a semana levo-te.
- Está bem.. E apresentasmo ?
- Ahahah, claro.
- Mesmo ?
- Sim.
- Que fixe, que fixe! - Maria estava eufórica, Salvador continuava a rir-se que nem um perdido.
- Gostas mesmo dele ..
- Mesmo.
- Ele é uma pessoa extraordinária, bué humilde, espetacular, mesmo. Mas  lamento informar-te, já tem namorada...
- Pois, eu sei... Infelizmente...
- Ahahah. Então e tu, tens namorado ?
- Eu ? Eu não.
- Nem gostas de ninguém ?
- Hm, não. Até agora nunca me apaixonei assim a sério.
- A sério ?
- Sim, não tenho tempo e até agora não houve ninguém que achasse a chave do meu coraçãozinho.
- Escondeste-a mesmo bem, então... Mas não te preocupes, um dia, alguém há-de encontra-la.
- Pelos vistos. Talvez.. Sabes, gostava de um dia saber o que é sentir borboletas no estomago, ou receber e dar carinhos a alguém, passear à beira-rio de mão dada, essas coisas...
Salvador sorriu e disse:
- Um dia, pequena Maria, um dia..
- Então e tu, deixaste lá a namorada ?
Confesso que já tive algumas, mas poucas foram a sério e de momento não tenho.
- Nem estás apaixonado ?
- Não. - hesitou.
- Hm, está bem. Bolas, está mesmo frio. Não queres ir lá para dentro?
- Sim, podemos ir.

E foram. Lá dentro sentaram-se num canto mais sossegado e continuaram a conversa de conhecimento. Maria ficou a saber que Salvador tocava viola, jogava futebol, adorava motas, concertos, jogos, gostava de sair à noite, dava imenso valor ao caracter das raparigas e não à beleza fisica, mas claro que esta também lhe interessava. Adorava fotografia e era muito vaidoso.
Salvador descobriu que Maria jagava voleibol, adorava música, dança, fotografia, futebol, valorava o caracter mais que a beleza e gostava de ser feminina q.b..
Salvador levou Maria a casa, ela convidou-o para no dia seguinte ir ao baile de finalistas da escola. O rapaz aceitou o convite. Havia entre eles uma quimica que os deixava felizes...

Tempestade de Emoções # 6

VI - Coragem e pumba! Já está.
No dia seguinta, Maria tinha manhã livre, por isso só foi à escola de tarde e ainda coxeava um pouco.
- Boa tarde meninas.
- Então, como estás, coxinha ? - brincou Filipa.
- Até estou mais ou menos. Melhor que da ultima vez, pelo menos. 
- O Salvador faz milagres! - picou Rita.
- Deixa-te de coisas Rita.
- É verdade.. A Rita já nos contou que o Salvador te levou a casa. Conta lá como é que foi a viagem!
- Não há nada para contar, suas cuscas!
- Ohh, vá lá, Mariazinha!
- Levou-me a casa e pronto.
- Só isso ? Não trocaram numeros, nem mails, nem nada ?
- Nada.
- Ohh!
No intervalo seguinte, Salvador foi ter com Maria para lhe perguntar como estava, Maria agradeceu a preocupação e explicou-lhe que graças à massagem estava bastante melhor.
- Tens imenso jeito, acredita!
- Ahah, filho de peixe sabe nadar.
- A tua mãe é massagista ?
- Não, o meu pai é fisioterapeuta.
- Ah, pronto.
Por momentos instalou-se um silencio preenchido pela intensidade de um olhar..
- Ahm.. Salvador, tens alguma coisa combinada para logo à noite ?
- Hm, não. Porquê ?
- Ahm.. Não sei.. Mas , pensei que podiamos.. sei lá, ir tomar um café ? - sugeriu Maria um pouco insegura.
- Parace-me uma otima ideia. - sorriu Salvador. - Mas isso não te doi ?
- Oh, mais ou menos. Mas é na boa.
- Então, vamos.
- Horas e local ?
- Oh, isso escolhe tu, eu não conheço grande coisa, aqui.
- Hm.. Às 9, no café do miradouro, pode ser ?
- Esse é aquele ao pé do rio , certo ?
- Por cima, sim.
- Está combinado então! Queres que te vá buscar a casa ?
- Hm, acho que não é preciso. Obrigada.
- Então até logo, Maria.
- Até logo Salvador!

Maria juntou-se às amigas que estavam a lanchar no bar .
- Mia, cinema logo à noite ?
- Hm, não.
- Porque ?
- Ahm.. Tenho coisas combinadas .
- uii! Com quem, quando e onde ?
- Cuscas!
- Ai diz lá.
E após alguma insistencia Maria lá se descaiu para grande felicidade das meninas que começaram logo com mil e um filmes. 

Tempestade de Emoções # 5

V - Bailes e princesas

- Maria! Então que te aconteceu rapariga? - perguntou Rita assim que chegou ao enfermaria lançando um olhar cumplice a Maria assim que viu Salvador.
- Arrastei no pavilhão.
- Wow, que fiche. Como foi ?
- Estavamos a jogar futsal com o 11º, entraram-me à bruta e lá fui eu...
- Laura ?
- nem mais.
Entretanto Vasco e Sofia chegaram.
- Então, mana hoje não vamos para casa? - disse Sofia, amuada.
- Vamos já, pequena.
- Que te aconteceu?  inquiriu Vasco.
- Arrastei no pavilhão.
- Como ?
- Fizeram-me uma entrada no futsal.
- Quem?
- A Laura.
- Eu um dia destes vou ter uma conversinha com essa menina.
- Hm, caga nisso.
- Mas consegues andar ao menos?
- Sim, acho que sim..
- Eu posso levar-te a casa, se quiseres.
- Não é preciso. Eu vou a pé com eles.
- Tens a certeza ?
- Experimenta a andar, se te doer vais com o rapazinho. - disse Rita.
- Salvador.
- Com o Salvador. - corrigiu Rita.
- A Rita tem razão. Experimenta. - concordou Vasco.
Maria levantou-se então e tentou dar uns passos. Custava-lhe bastante a andar e isso era notório na sua expressão.
- Eu levo-te.
- Não te importas ?
- Claro que não.
- Vá, até amanha, pessoal. - despediu-se Rita.
- Até amanha.
- Vá nós também vamos andando Sofia. Até já.
Entretanto Maria explicou a Salvador onde morava, ele deu-lhe o capacete dele e levou-a a casa. maria adorava motas ee tinha um fascinio por scooters, principalmente amarelas. A viagem pareceu-lhe demasiado curta.
- Muito obrigada pela boleia. - disse Maria entregando-lhe o capacete.
- Ora essa.
- Não queres entrar ?
- Não, tenho de ir, se não a minha avó fica preocupada.. Obrigada.
- Vives com a tua avó ?
- Sim.. Como fui expulso, o castigo foi vir para aqui.
- Ahh, pois de facto vir para o fim do mundo é um grande castigo...
- Já desisti de pensar nisso. - disse com um sorriso triste.
- Então e onde mora a tua avó ?
- Mesmo ao pé da barragem.
- A sério ? Que fixe. É dos sitios mais bonitos aqui das redondezas!
- Sim, lá isso é verdade. Bem, tenho que ir.
- Está bem. Até amanha..
- Olha põe um pouco de gelo nisso para não inchar e metes a pomada depois do banho.
- Sim, sr. Doutor. - brincou Maria.
- E se precisares de alguma coisa, liga-me.
- Certo.
- Vá, até amanha Maria.
- Adeus Salvador.
Como os irmãos já vinham ao fundo da rua, Maria esperou por eles.
- Então, que tal foi uma viagem sem mim ?
- Bué fixe! O mano esteve a contar-me histórias bué fixes!
- Ah sim ? Também quero!
- Nããão! É segredo meu e do Vasco.
- Que maus.
- Não tivesses vindo com o namoradinho. - picou Vasco.
- Que parvo! Não comeces com cenas. Ele NÂO é meu namorado.
- Hm.. Ainda. Dá-lhe mais dois meses, nem tanto..
- Vasco! Que parvo!
- Apostamos ?
- Claro que não!
- Vá, mas até é um rapazinho porreiro.
- Foi super-querido! - disse Sofia.
E continuaram a conversar sobre Salvador... Enquanto os irmãos tratavam do jantar, Maria aproveitou para ir tomar banho e quando voltou já os pais tinham chegado.
- Então filha, como é que estás ?
- Estou bem, mãe.
- Mostra lá isso. - disse o pai.
Maria puxou as calças, tirou a ligadura para o pai a examinar.
- Vai por um bocadinho de gelo.
- Sim, ia buscar.
- Maria conta lá quem é que é o teu namorado. - disse a mãe enquanto Maria se aninhava no sofá com o gelo.
- Ahm ? Onde é que foste buscar essa ideia ? - olhando de imediato para Vasco que soltou um riso 'acusador'. - Vasco! Não é namorado nenhum mãe. É só um amigo, que fez o favor de me vir trazer casa.
- De certeza ?
- Sim, mãe. Como ele tem mota e eu não conseguia andar foi simpático e veio trazer-me.
- yaa, mãe. Bué querido!
- Como os principes fazem com as princesas quando as levam nos cavalos brancos ? - questionou Lúcia provocando mais uma vez o riso geral.
- Sim, mana. Só que aqui o princepe não tinha cavalo, tinha uma mota amarela.
- É dos modernos! - constatou Lucia, encantada.
- Que tontinha Lúcia.
- A Lúcia é tonta, a Lucia é tonta! - brincou Bernardo o elemento mais novo da familia.




Tempestade de Emoções # 5

V - Bailes e Princesas.


Compraram o vestido de Maria para o baile de finalistas, a gravata de Vasco e ainda roupa para os amis pequenos. Quando chegaramm a casa, o pai já estava a tratar do jantar.
- Olá pai!
- Olá filhotes, então compraram tudo ?
- Tudinho!
- Vocês levam-me à falencia!
- Saldos, pai, saldos.
- Ao menos isso, mas vá mostrem lá as compras.
Maria foi vestir o vestido para mostrar à familia.
Lucia, a rapariga mais nova da familia, assim que viu a irmã, perguntou:
- Mana, vaiss a algum baile de princesas ?
Todos riram perante a ingeniudade da pequena Lúcia.
- Sim, Lúcia. Eu vou levar a Maria ao baile de princesas. - brincou Vasco..
- E a mim levas, mano ? Vá lá, vá lá!
- Hm.. Se te portares bem..
- Fixee ! - exclamou a pequena provando novamente as gargalhadas.
-Estás muito bonita, filha.
Obrigada Pai. - sorriu Maria.
Depois de mais umas comédias em familia, jantaram e acabaram por se deitar. No dia seguinte, Maria tinha aula de educação fisica com a turma de Salvador e no final da aula os professores organizaram um jogo de futsal entre as duas turmas. Maria ficou impressionada ao ver Salvador jogar, parecia profissional. Já no ultimo lance do jogo, uma das raparigas fez uma rasteira a Maria que arrastou pelo chão do pavilhão, queimando o joelho. De imediato se reuniu tudo em volta de Maria, que ardia em dores.
- Estás bem, Maria?
- Estou optima. Só tenho o joelho todo queimado e não consigo dobrar a perna, estou optima! - ironizou.
Pronto, pronto, acalma-te. Vai lá à enfermaria que já te tratam disso.
Salvador ajudou Maria a levantar-se e foi com ela à enfermaria.
- Voces podem ir tomar banho. E Laura, o que fizeste à Maria não se faz a ninguém.
- Não foi por mal, professor.
- Quero acreditar que não.
Na enfermaria não havia pomada para queimaduras mas a continua insistia para Maria por um spray milagroso, mas a rapariga não quis. Salvador foi então buscar uma pomada que ele tinha e aplicou-a fazendo uma massagem a Maria.
- Ena, tens imenso jeito.
- Obrigada. - disse com um sorriso. - não te estou a aleijar pois não ?
- Aleijar ? Nem um bocadinho!
- Fogo isto está mesmo feio.
- As minhas pernas já são feias, queimadas então...
- Que tola! Eu cá acho as tuas pernas bem bonitas...
Maria corou e não respondeu.
- Mas uma entrada destas, fogo! Enfim.. Quem não sabe jogar não joga!
- Ela sabe.
- Sabe?
- Sabe. Foi intencional, Salvador.
- Intencional ?!
- Claro, ela detesta-me.
- Detesta-te ?
- É uma longa história..
- Tenho imenso tempo.
- A Laura era a minha melhor amiga no 8ºano, depois por diversas historias a nossa amizade acabou e desde então que ela não me suporta.
- Que cena!
- Pois..
- Bem, agora vou meter-te esta ligadura. à noite depois de tomares banho e cuidado que isto vai arder, pões pomada outra vez e metes ligadura outra vez para isso não roçar na roupa e doer.
- Ok, Doutor. - brincou Maria.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Tempestade de Emoções # 4

 IV - Rebeldia

 No dia seguinte, Maria e os irmãos chegaram incrivelmente a horas.
- Bom dia, meninas !
- Maria! Ena, hoje chegaste a horas.
- Ahah , que engraçada Rita .
Ao toque as quatro raparigas dirigiram-se às respectivas salas de aula. Eram de turmas diferentes. Maria estava em Ciencias, Rita e Filipa também mas noutra turma, Francisca estudava Artes. A escola não tinah grande variedade, dado que a cidade era pequena e grande parte dos alunos ia estudar para fora. A manhã passou a correr e à tarde só teve uma aula. Mas tinha que esperar pelos irmãos para irem todos juntos para casa, então como as amigas estavam em aula, Maria decidiu ir para a biblioteca aproveitar o tempo. Até ao 9º ano tinha sido uma excelente aluna, sempre com nota máxima a todas as disciplinas. Agora no 10º ano as notas não estavam a ser como ela queria, já que tinha o objectivo/sonho de um dia ser médica como o pai. Estava então na biblioteca a estudar quando apareceu Salvador que se dirigiu à zona dos jornais. Vu Maria e foi ter com ela:
- Posso sentar-me ou estás muito ocupada ?
- Força - sorriu Maria.
- Então, tão sozinha ?
- Antes sozinha que mal acompanhada. - brincou
- Ahah, sendo assim vou já embora.
- Oh mas tu não és má companhia.
- Não ?
- Por enquanto não... Não te conheço.
- Hm, pois bem visto. Mas digo-te já ue sou muito má companhia.
- Ahah, vindo da própria pessoa não vale. Tenho de ser eu a constatar isso. Sou muito ver para crer.
Salvador sorriu. Ela derretia-se toda com o seu sorriso, a sua voz e ainda o seu sotaque.
- Então e tu ? Que estás aqui a fazer ?
- Vim ver os jornais..
- Menino informado.
- Ahah , tem de ser.
- Então e estás a gostar da escola ?
- Sim, até estou.
- Que convincente. - ironizou.
- Oh.. Tipo, sim até estou a ostar, mas também tenho saudades de casa, dos meus amigos, essas cenas, entendes ?
- Hm, pois, não deve ser fácil.. Olha, posso fazer uma pergunta ?
- Claro, Maria.
- Diz-se por ai que foste expulso da tua outra escola. É verdade ?
- Sim, é.
- Hm..
- Não me vais perguntar porque ?
- Não tenho muito a ver com isso.. Mas já que insistes, conta lá.
- És diferente, tu... Bem, acumulação de processos disciplinares. Um porque supostamente insultei uma professora, outro porque fui apanhado a fumar uma ganza e o mais recente andei à porrada com o filho do diretor.
- Ena, és rebelde. - brincou
- Mais ou menos. Não insultei a prof., disse-lhe apenas umas verdades e ela não gostou de ouvir. Já me deixei de charros e essas cenas. Agora, mal saio à noite, muito menos aqui. E o filho do diretor é que me provocou, mas como é filho do diretor..
- Pois, estou a ver.. è que muito sinceramente não tens nada ar de ser esse miudo rebelde.
- As aparecias iludem, pequena Maria.
- Sim, é verdade, mas o meu sexto sentido diz-me que desta vez não iludem.
- Sexto Sentido ? Que feminino .
- Ahah, e até sou.
- Bom Maria, tenho de ir. Vemo-nos pro ai.
- Eu também vou, até amanha Salvador.
Encontrou-se com as amigas ao protão enquanto esperava pelos irmãos.
- Então Maria, estudaste muito ?
- Até estudei. E as vossas aulas como correram ?
- Hm, a mesma seca de sempre.
Os irmãos chegaram e Maria foi com eles para casa. Não moravam longe da escola, por isso faziam o percurso a pé. Seguia-se a rotina da noite e um novo dia surgia, mais uma vez chegaram atrasados à escola. ao intervalo, Maria estava a contar às amigas a conversa do dia anterior com Salvador.
- É rebelde, o rapaz. - comentou Filipa.
- Naa, eu cá concordo com a Maria, não o vejo como rebelde.
- Eu acho-o bastante simpático.
- Estás derretida, Maria!
- Não estou nada.
- Um rapazinho daqueles, tem sotaque, tem uma scooter amarela.. Engana-me que eu gosto!
- Esqueceste-te de mencionar que ele tem uma voz doce, mesmo LINDA! - disse Maria.
 Riso geral.
- A minha mãe tem a turma dele e disse-me que ele tem um histórial um bocado critico em relação aos processos mas que é um rapaz super-inteligente e com muita cultura geral.
- O rapaz ideal para a Maria! Ahah.
- Oh não sejam tolas..
- Estamos a brincar, mas quem sabe.. - disse Rita. - já começa a ser altura de alguém agarrar a chave desse coraçãozinho.

Das quatro, Maria era a unica que nunca tinha vivido um grande amor. Camila e Quica tinham namorado, Filipa estava em vias de arranjar. Entretanto tocoue foram para a aula. À hora de almoço tinham treino de voleibol. As quatro pertenciam à equipa de voleibol da escola. Divertiam-se bastante a jogar e no ano amterior quase que chegavam à final Depois do treino Maria foi almoçar com os irmãos a casa. Os três tinham tarde livre. Hoje também a mãe folgava e por isso aproveitaram a tarde para ir às compras. 

Tempestade de Emoções # 3

 III - Salvador


Depois de almoço foi com os irmãos levantar o material do subsidio à papelaria da escola. O rapaz do momento estava atrás deles na fila e de vez em quando deixava-se rir com a troca de palavras entre os tres irmãos. Maria deixou os irmãos levantarem o material e acabou por ficar só ela e o novo aluno.
- Ahm, Maria não é ?
- Sim. - sorriu envergonhada.
- Queres ajuda ?
- Não é preciso, obrigada.
- Não me custa nada. Se quiseres, está à vontade.
- Hm, não, mas não é preciso, a sério. Eu já meto tudo na mochila. Então.. e u , caxineiro, tens um nome ?
- Ahahah, acho que nunca ninguém me tinha chamado assim.
- Então mas és das Caxinas , não és ?
- Sou, sim!
- Gosto muito da tua terra.
- Eu também, muito mesmo.
- Então e trocaste as Caxinas por isto ?!
- Oh, fui obrigado.
- Ah..
- Coisas da vida.
- Pois, bem se precisares de alguma coisa que eu possa a ajudar é só dizeres. Tenho que ir. Vemo-nos por ai.
- Obrigada. - sorriu
- Ah, mas como é que te chamas memso ?
- Salvador.
Maria sorriu e dirigiu-se ao pavilhão. Estava na hora do ensaio da valsa. O irmão mais velho era finalista e ela ia dançar com ele no baile.
O ensaio correu bem e o resto da tarde foi preenchida com aulas. Quando saiu foi para casa com os irmãos. Maria tinha 5 irmãos, três rapazes e duas raparigas. Ela era a segunda mais velha e o facto de serem uma familia tão grande fazia com que todos se ajudassem uns aos outros.  Assim por norma, Vasco, Maria e Sofia, os três mais velhos, eram os primeiros a chegar a casa, pouco tempo depois chegava o quarto irmão, Diogo. Lanchavam, os mai velhos ajudavam os mais novos com os trabalhos de casa e quando os pais chegavam a casa com os outros dois irmãos jantavam.  Depois de jantar, os mais novos ficavam a brincar enqunto os mais velhos estudavam. De manhã a rotina era mais atribulada. Havia sempre alguém que se trasava e isso provocava o atraso geral. Maria pro vezes sentia falta de privacidade, partilhava o quarto com as irmãs, além disso uma familia grande gerava sempre grandes confusões, mas ao mesmo tempo gostava imenso da sua familia e nã a desejava mais curta. Felizmente os pais tinham empregos estáveis e não tinham problemas economicos, mas claro que era preciso gerir muito bem o orçamento.

Tempestade de Emoções # 2

 II - O fenomeno.

 Maria dirigiu-se ao bar para tomar o pequeno almoço já que não tinha tido tempo de manhã. Passado um pouco chegaram as suas amigas: Rita, Filipa e Francisca. 
- Bom dia esfomeada.
- Bom dia, meninas. 
- Então como foi o fim-de-semana ?
- Hm, normal e o vosso ?
- Foi fixe. Fui ver os meus primos a Aveiro. 
- Eu fui aos saldos!
- Eu cá fiquei em casa a gastar pilhas ao comando.
Conversa para aqui, conversa para ali o tempo foi passando. Levantaram-se quando tocou e dirigiram.se ao bloco.
- Quem é aquele ? - perguntou Rita.
- Não sei, mas é cá um pão! - disse Quica.
- Ahah, mas é que é mesmo! - retribuiu Filipa.
- Só sei que é de Vila do Conde.
- Como sabes ?!
- Ele disse-me.
- O quê ?! Já falaste com ele ?
- Foi a causa do meu atraso esta manhã. Tive de o acompanhar à sala.
- Que sacrificio, de facto!
- Podias ter-nos contado.
- Oh , esqueci-me.
- Hm, então e o que é que sabes mais ?
- Sei que está no 11º ano e penso que tem uma mota.
- Só isso ?
- Sim, ele não é muito conversador, além disso não deu tempo.
- Olha que quanto a isso do conversador não parece nada. - comentou Quica observando tantas pessoas à volta do rapaz.
- Pois não sei. Comigo ele não deu muita conversa. Bem tenho de ir, nao posso ter mais atrasos!
- Até logo.
Seguiu-se mais uma aula, desta vez já mais na Terra. A turma toda estava a comentar o rapaz novo. As meninas estavam deliciadas, os rapazes falavam da mota. Depois da aula foi almoçar com as amigas. Pela cantina o assunto era o mesmo: o rapaz novo.


Tempestade de Emoções # 1

 I - Um anjo caído do céu.

Maria estava a ter uma manhã agitada. Tinha-se deixado dormir e estava atrasada, como era hábito. Chegou à escola ao toque. Ia a caminho do convivio quando a continua do PBX a chamou. No PBX encontrava-se também o diretor da escola e um rapaz que ela desconhecia, mas que de imediato lhe chamou à atenção. Era alto, tinha um cabelo castanho dourado e estava desalinhado, os seus olhos eram de um verde encantador. Vestia um casaco de cabedal que lhe assentava na perfeição e na mão segurava um capacete. Parecia um anjo caído do céu, pronto a tentar os egos femininos daquela escola.
- Bom dia, D.São.
- Bom dia, filha. Olha tu és do 11º não és ?
- Não. Sou do 10º.
- Aii pois és! Desculpa lá.
- Mas porque? O que precisava ?
- Era para acompanhares este moço à sala do 11º .
- Então mas diga-me qual é a sala que eu digo-lhe onde é. Também vou para o bloco.
- Exacto. Vâ lá aó em que sala tens aula que a Maria já te acompanha. E despachem-se que já estão muito atrasados! - disse o diretor.
O rapaz seguiu-a sem dizer nada. Quando estava a chegar ao bloco, Maria perguntou em que sala é que ele ia ter aula. Ele respondeu-lhe num sussurro, era numa sala do 3º piso.
- Então mas tu vieste de onde mesmo, se é que posso saber ?
- Vila do Conde.
- Conheço. - disse a rapariga ainda meio derretida com a voz doce do rapaz. - Olha a tua sala é aquela além em cima.
- Está bem, obrigada.
Depois de se certificar que o rapaz entrava na sala certa, dirigiu-se à sua aula. Já passavam quase 10 minutos do toque.
- Posso Stora ?
- És sempre a mesma coisa, Maria!
- Oh, desculpa Stora, mas desta vez a culpa nem foi minha!
- Entra e senta-te. Mas não podes ser assim, tens de começar a chegar a horas ! E não quero saber de quem foi a culpa.
Entrou e sentou-se. Passou a aula a rabiscar o caderno, sem prestar qualquer atenção À aula. Estava a pensar no rapaz. Quem seria ele ?! Porque estaria ele ali ? Quando estava absorta nos seus pensamentos avistou pela janela uma scooter amarela no parque de estacionamento da escola. «Não, não pode ser!» pensou.
- Maria acorda! - sentiu uma cotovelada.
- Ahm, o que foi ?
- Faltam 5 minutos para tocar, estiveste calada a aula toda, não ouviste nada do que a prof disse, rabiscos e mais rabiscos. Estás minimamente contente e ainda ontem estavas com um humor de cão. É suficiente ?
- Hoje acordei bem-disposta, ai!
- Pois nota-se.
A campainha fez-se ouvir e sairam. Maria foi até ao bar tomar o pequeno almoço, já que de manha não tinha tido tempo.