domingo, 30 de janeiro de 2011

Tempestade de Emoções # 41

- Então foi assim... Eu morava no Norte, como te contei e vim para cá na altura do Carnaval porque fui expulso da minha escola, como também já te contei. No meu primeiro dia, tu chegaste atrasada como chegas sempre e eu tinha estado com o diretor e estavam a dar-me o horário quando tu apareceste. Pediram-te para me ajudares a ir para a sala certa e tu fizeste-o sem qualquer problema. Cativaste-me desde o primeiro omomento, o teu à vontade, a tua simpatia, eras uma pessoa cheia de vida, eras e és. Então sempre que podia estava ao pé de ti, falavamos... Ajudava-te quando estavas na biblioteca...
Convidaste-me para ir ao baile de finalistas e eu não podia perder uma noite assim, estavas linda! Eras a princesa da noite... Depois começamos a aproximar-nos. Ias a minha casa, passeavamaos junto à barragem, passavamos muito bons momentos juntos...
- Hm, então e eu mais ? O nosso primeiro beijo como foi ? - perguntou, curiosa.
- Calma, ia chegar a essa parte agora. Foi aqui em casa. Era suposto passarmos a tarde na barragem, mas os teus irmãos ficaram doentes e tu tiveste que ficar a tomar conta deles, então eu fiz-te companhia. Estavamos a ver um filme, voces adormeceram. Tu estavas com a cabeça no meu colo e quando acordaste disse-te 'Bom dia, Bela Adormecida' , mas tu disseste que não eras a Bela Adormecida porque ela acorda com o beijo do Principe Encantado e eu resolvi-te esse problema...
- Ahah, a sério ? Que engraçado.
- Sim.. Depois vltamos a beijar-nos na festa de despedida dos finalistas. Tinhamos uma quimica bastante forte... Depois, tipo, não sei se te lembras do Coentrão...
- Sim, lembro-me mais ou menos. Já me disseram que eu gosto muito dele.
- Sim, muito mesmo. E ele é um dos meus melhores amigos, então eu às vezes ligava-te só para ouvir a tua voz, mas usava-o como pretexto...
- Ahah, tu és maroto. - brincou.
- Oh, a culpa é toda tua! Arrancaste-me o coração!
Maria ficou sem saber o que dizer.
- Desculpa, desculpa! Tu não te lembras...
- Oh, eu é que peço desculpa...
- Não sejas tola.
- Vá continua...
- Então, iamos namoriscando de vez em quando e eu sentia-me muito feliz, como diz a minha avó, tu fazes-me bem... Até que um dia resolvi declarar-me. Num por-do-Sol bem bonito que vimos na barragem.. Tu corespondeste de imediato. Pdei-te finalmente em namoro e tu aceitaste. E pronto namoramos e fomos muito felizes...
- Custa-me tanto não me lembrar de nada...
- Hás-de acabar por te lembrar!
- Sim... espero que tenhas razão.
- Vais ver que sim... Olha, e eu , tu e o Vasco fomos ver o jogo do Benfica, o ultimo, o do titulo.
- Hm, o Vasco mostrou-me as fotos. Lembro-me vagamente.
- Isso é bom.
Maria sorriu. Salvador decidiu que ficariam por ali, não queria cansar a rapariga.
- Posso pedir-te uma coisa ?
- Claro que sim.
- Achas que amanha me podias levar ao sitio onde me encontraste ?
Salvador ficou apreensivo.
- Oh Mia, tu saiste do hospital à dois dias, o médico disse que não queria que fosses exposta a grandes emoções... Hoje já tiveste uma grande dose...
- Oh, mas eu estou bem.
- Oh, mas eu tenho emdo princesa. Olha, fazemos assim, vamos lá para a semana.
- Está bem, vá.
- Mas olha, amanha posso levar-te à barragem para espaireceres um pouco, boa ?
- Sim! Isso era otimo!

Tempestade de Emoções # 41

XLI


No quarto de Maria:
- A enfermeira disse Salvador ?
- Sim, disse. Faz-te lembrar alguma coisa ?
- Conheço o nome, mas assim em concreto não me faz lembrar nada...
O dia foi complicado, os irmãos queriam vê-la, os amigos queriam vê-la, todos queriam ver Maria contudo os médicos apenas permitiram que entrassem os familiares mais próximos e memso assim os irmãos mais novos não puderam entrar.
Os dias foram passando e as coisas começaram a acalmar. Salvador ia visitar Maria todos os dias. Maria continuava a não se lembrar dele, mas ele ia a todas as visitas. Maria estava consciente da sua falta de memória e pedia a Salvador para lhe contar quem ele era, como era a relação deles ( epnsando que eram amigos...) Um dia, já em casa, estava a conversar com Rita quando esta ljhe fez uma revelação inesperada:
- O Salvador é muito querido . Vem todos os dias visitar-me. Ficamos a conversar imenso tempo...
- Ele gosta imenso de ti. - deixou escapar a amiga.
- É verdade. Até me sinto um bocado mal, parece que nos davamos tão bem e agora eu não me lembro de nada...
- Pois, Mia... Davam-se lindamente, mesmo.
-Mau, estás-me a esconder alguma coisa!
- Oh pois estou, mas não tenho nada que ser eu a contar.
- Não interessa, conta-me, JÁ!
- Oh, também que mais dá.. Vais acabar por saber...
- Rita! Desembucha!
- Então... - hesitou. - Tu e o Salvador... já foram namorados. Pronto, já disse.
Maria ficou espantada. Não estava na à espera daquilo, mas agora tudo fazia mais sentido.
- A sério ? Oh my God! Porque é que ninguém me disse nada ?
- O médico disse que não queria nada de emoções fortes nos primeiros dias e acabei de quebrar as regras por isso diz-me que estás bem!
- Estou, estou. Só não estava era à espera disto! Fogo, asério ? Eu andei com aquele pão ?
- Sim..
- Como é que eu não me lembro disso ? Bolas!
- Ele gosta mesmo de ti... Mas eu não vou contar-te mais nada. Disseste que ele ficou de passar por aqui , não foi ?
- Sim, deve estar a aparecer. Mas conta-me.
- Não te posso contar grande coisa, tu não és muito de contar essas cenas e de dar pormenores...
- Oh, é nestas alturas que eu dava tudo para ter um diário!
Rita riu-se e emtretanto alguém bateu à porta.
- Entre.
- Posso ? disse Salvador com um sorriso, como estava a ser forte...
- Claro, entra.
- Ahm, bem , vou andando. - disse Rita.
- Não precisas de ir porque eu cheguei-
- Hm... É melhor, vocês hoje têm muito que falar e tu daqui a pouco vais querer bater-me ou gritar comigo e assim já estou longe.
- Ahm ?
- Que tola, Rita. - riu-se Maria.
- Vá, até amanhã. - despediu-se Camila.
- Calma, Salvador. Senta-te.
- Eu estou calmo...
- Já lanchaste ?
- Hm, tomei o pequeno-almoço à pouco tempo.
- Hm, então vá, falamos primeiro e depois vamos comer um gelado que estou farta de estar em casa.
- Mas o que é que temos de tão importante para falar ?
- A Rita quebrou as regras. Mas eu estou bem, calma.
- Como assim ? O que é que ela fez ?
- Ela... bem... ela contou-me que tu e eu já fomos namorados.
- O quÊ ?! Eu ia contar-te!
- Oh, ela não fez por mal. Eu é que sei dar-lhe a volta e pronto.
- A cena é que perferia que soubesses por mim...
- Não te preocupes, eu não estou chateada, eu sei que foi pelo meu bem, que estavas a zelar pela minha saúde que ainda não me tinhas contado.
- Oh mas..
- Está tudo bem, a sério.
- Então e o que é que ela te contou mais ?
- Nada... Ela disse que não conhecia bem a nossa história, que eu não lhes contava muitas coisas e por isso não tinha nada para contar.
- Hmm... Agora já entendo proque é que temos muito que falar.
- Pois, agora tu é que me vais contar a história...
- Isso é complicado, mas ok, posso tentar.
- Força. - encorajou Maria com um sorriso.

Tempestade de Emoções # 40

Maria estava sedada devido aos medicamentos mas estava com um ar tranquilo. Os pais foram os primeiros a entrar, depois Rita e Vasco ainda Quica e Filipa e por fim entrou Salvador. O rapaz sentou-se à beira da cama e agarrou na mão da rapariga fazendo ligeiros movimentos com os dedos.
- Desculpa, desculpa por tudo! - sussurrou enquanto as lágrimas lhe caiam .
Passado um pouco, Rita entrou no quarto. Salvador estava com um rosto sofrido mas fazia-se de forte, Maria continuava a dormir.
- Salvador...- sussurrou Rita. - não queres ir para casa. tomar um banho, dormir um pouco ...
- Não Rita. Não quero deixa-la. Fui eu que a pus mesta merda de situação, não vou deixa-la por um minuto que seja.
- Salvador, não estás a ser racional!
- É provavel que não mas tenta entender...
- Vai telefonar à tua avó, então. Ela deve estar preocupada.
- Sim, vou telefonar-lhe daqui a pouco. O meu tio já deve estar em casa.
Rita sentou-se também à beira da cama. Quica e Filipa tinham ido para casa, tomar um banho, comer qualquer coisa e dormir um pouco. Tinham combinado fazerem turnos. Vasco e Paula tinham ido também a casa, ver das crianças. Miguel tinha ficado.
- Ele devia ir para casa.
Salvador adormecera com a cabeça em cima da cama e a mão sobre a de Maria.
- Eu disse.lhe, mas como é obvio ele n~~ao me ouviu. Insiste que não quer deixa-la por um segundo que seja. Diz que se sente culpado...´- Culpado ? Como assim ?
- Ups! já falei demais !
- Estás à vontade, Rita... Ela é a minha menina.
- Sim, Dr, mas não é suposto ser eu a dar com a lingua nos dentes.
- Não sejas tola. Eu tenho todo o direito de saber.
- Bom.. Eles namoravam, eram muito felizes mesmo. Se os visse juntos pareciam daqueles casais dos filmes... Perfeitos, como que feitos um para o outro... Mas há umas semanas atrás chatearam-se. A culpa foi inteiramente dele e ele foi o primeiro a dar conta disso e a redimir-se. Fez-lhe mentes de surpresas, as mensagens no vosso jardim, as flores, até lhe dedicou uma música no karaoke. E ontem eles falaram, a Maria estava muito confusa, disse-me que precisava de por as ideias em ordem e a floresta é o refugio dela, mas desta vez a coisa correu mal e ela deve ter-se perdido ou o que quer que tenha sido. Então ele culpa-se por ela estar aqui no hospital.
- Oh meu Deus! E pensar que ainda outro dia nasceu! Estou estupefacto. Nem sei que te dizer. Apetece-me espanca-lo por te-la feito sofrer mas foi a sua persistencia que permitiu que ela fosse encontrada a tempo. Mais umas horas e era o fim.
- Shiiu!
Entretanto a enfermeira chamou Miguel, já tinham os resultados dos exames. Felizmente Maria estava completamente fora de perigo. Podia apenas apresentar algumas falhas de meória como na sala de observações... Enquanto Miguel connversava com o médico e a enfermeira, Maria acordou. Abriu os olhos bem devagarinho, Rita estava quase a dormir e Salvador tinha acordado à pouco tempo.
- Maria! - exclamou o rapaz. - ela acordou, carrega no botão.
Rita pressionou o botão para chamar a enfermeira.
- Mas o que é que aconteceu ? Onde é que estou ?
- Calma, querida. Tudo a seu tempo ? Como te sentes ? - inquiriu a enfermeira enquanto conferia o monitor dos registos.
- Pai ? Porque é que estou no hospital ?
- Não te lembras do que aconteceu Maria ?
- O que é que aconteceu ?
Dr, calma. Como lhe disse é normal. Ela está estável , o que como sabe é bom sinal, mais uns dias e ela está pronta para outra.
- Ó Sra enfermeira, com todo o respeito, mas esperemos bem que não haja outra!
- Mau, e tu quem és ? Bolas, respondam-me!
- Não te lembras de mim ?
- Não... Devia ^?
- Calma, rapaz. É normal, ela ainda está muito confusa.
- E de mim lembraste ? - perguntou Rita a medo.
- Que raio de pergunta é essa? Claro que me lembro! És a... - hesitou por momentos. - Rita! Como podia eu esquecer-me ?! És a minha melhor amiga!
Salvador contorseu-se todo.
- Então ouve-me com atenção, Maria. Tu ontem foste correr para a floresta e nunca mais voltavas. Não sabemos o que se passou por lá, passaste lá grande parte da noite. Encontraram-te já de madrugada perto de um riacho, toda molhada, atremer... Estavas a sangrar da cabeça e tinhas uma ferida feia no joelho. E pronto foi assim que chegaste ao hospital. - explicou <Camila.
- A sério ? Que cena.
- Salvador, vem comigo, por favor. - disse a enfermeira vendo que o rapaz estava aflito.
O rapaz percebeu a deixa e foi. Encostou-se à parede.
- Queres falar ou queres que te deixe a sós ?
- Perfiro ficar sozinho, obrigada.

sábado, 29 de janeiro de 2011

Tempestade de Emoções # 40

Depressa toda a vila se organizou para procurarem Maria.
Maria estava cada vez mais fraca. O corpo pedia comida, tremia de frio, já tinha perdido bastante sangue e sentia-se tonta, mas não desistia. Ouviu ao longe vozes e pareceu-lhe ver luzes. Tentou gritar mas em vão, estava demasiado fraca. Tentou mover-se e foi o fim. Perdeu os sentidos.
As buscas não estavam a ter sucesso o que levava ao desespero geral, principalmente da familia, das amigas e claro Salvador. Mas ninguém desistia, kilometros e kilometros passados a pente fino... Uns a pé, outros em jipes, outros a cavalo...
Maria recuperou os sentidos algum tempo depois, mas continuava fraca e mal conseguia abrir os olhos. Ouviu novamente chamarem por ela, um som que lhe parecia distante, mas não conseguia responder. Era Salvador quem a chamava. Tinha-se aproximado do riacho para dar água ao cavalo e aproveitou para se refrescar . Maria estava ali perto mas estava atrás de uns arbustos, estava tiritar de frio e Salvador conseguia ouvir mas não conseguia saber de onde vinha o som, procurou e rapidamente encontrou:
- Maria! O que é que te aconteceu ?!
Tirou a sua camisola e vestiu-lha, reparou na mancha de sangue que havia no chão e viu o golpe na cabeça. Pegou nela, com alguma dificuldade montou no cavlo e galopou o mais rápido que conseguia até à vila.
Pelo caminho, Maria recuperou os sentidos e conseguiu ouvir uma voz familiar:
- Por favor, Mia, por favor! Não me faças isto. Eu amo-te porra! Como nunca amie ninguém! Não podes deixar que isto acabe assim! - dizia a voz longinqua.
Maria estava demasiado fraca apra poder abrir os olhos. Felizmente encontraram uns bombeiros antes de chegarem à vila que os levaram de imediato para o hospital Informaram as pessoas, e quando chegaram ao hospital já a familia Campos lá estava. Miguel foi o único a poder entrar na sala de observações.
- Oh meu Deus! A minha menina!
- Calma , Doutor. Estamos a fazer o melhor que podemos.
Mantas daqui, choques dali, medicamentos dacolá, ventilação... parecia um filme! E que bom que era se fosse...
- Tenho pulso.
- Batimento cardiaco estável.
- Uff!- suspirou Miguel, agarrado `mão da rapariga que começava a recuperar a consciencia. - Ela está a acordar.
Salvador, que estva mesmo ali ao lado assim que ouviu as palavras do médico correu de imediato para ao pé deles escapando à enfermeira que lhe tratava umas pequenas feridas.
- Pai ? Onde é que estou? - perguntou baralhada.
-Calma, filha. Não te esforces. estás no hospital, vai ficar tudo bem.
- Rapaz, a rapariga está bem, agora deixa-me acabar o meu trabalho. - disse a enfermeira puxando Salvador.
- Quem é ele ? - questionou Maria.
Miguel que só então reparou na presença de Salvador ficou preocupado com a questão de Maria. Salvador também ficou desesperado quando a ouviu perguntar tal coisa.
- Não te lembras de mim ?
- Devia ?
Os médicos tranquilizaram-nos:
- Calma, ela ainda deve estar um pouco confusa. - dito isto levaram Maria para fazer mais exames e análises, Miguel foi então falar com Salvador.
- Estás bem, rapaz ?
- Sim, foram só uns arranhões, nada de grave. Doutor, acha que aquilo de a Maria não se lembrar de mim é mesmo só confusão do momento ?
- Eu espero que seja,espero mesmo.
Miguel acabou por sair para dar novidades ao resto da familia que esperava impacientemente na sala de espera.

-Foi ele quem a encontrou.
- Como assim ?
- O bombeiro ficou a falar connoscoe disse que ele é que a encontrou. Ele participava nasbuscas a cavalo. Por isso é que se aleijou, subi-la para o cavalo era complicado.
- Mas ele estava sozinho?
- Sim, os outros decidiram esperar que o céu aclarace mas ele dizia que não podiam deixa-la assim e que tinha que a encontrar, tinha medo que ela estivesse mal e não podia esperar. Ninguém o impediu e ele foi à procura dela.
- O puto gosta mesmo dela. - comentou Vasco.
Rita e as outras também ali estavam e entretanto Rita saiu para telefonar à mãe, quando terminou viu Salvador a sair da sala de observação. Dirigiu-se a ele.
- Estás bem, Salvador?
- Sim, foram só umas feridas...
- O que fizeste esta noite foi um grande gesto.
- Não fiz mais que a minha obrigação. A culpa de ela estar assim é toda minha...
- Não digas isso, Salvador.
- Masé verdade, e tu sabes. Elavai correr para afloresta quando precisa de pensar, quando se quer libertar da confusão e acho que não é preciso lembrarte que confusão é essa.
- Mas, mesmo que isso seja verdade, não podes pensar assim! Ela jamais queria que te sentisses assim.
- Ela nem se lembra de mim, Rita! - disse com uma voz trémula.
- O meu pai disse que era normal. Ela perdeu bastante sangue, além de que está exausta e isso pode levar a que não se lembre. - intrometeu-se Vasco.
- Ela lembra-sedo pai.
- O pai é uma pessoa que ela conhece há 17 anos. Não podes nem comparar.
Salvador ficou em silêncio, estava a sofrer mais do que nunca... Ela era tudo para ele.
- Oh puto, tem calma! Ela vai ficar bem. Tens, temos, que acreditar nisso.
- Pessoal a enfermeira veio informarque já fizeram os testestodos, agora ésó esperar pelos resultados. E que entretanto podemos visita-la dois a dois mas não podemos fazê-la esforçar-se. - informou Quica.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Tempestade de Emoções # 40

Durante o dia andou nas lides domésticas e ao final da tarde resolveu ir correr para tentar libertar todas as más energias que tinha acumuladas em si. Deixou o telemovel em casa epartiu. Correu pelos trilhos da floresta, o vento puxava-lhe os cabelos para trás, sabia-lhe tão bem... Quando o Sol se pôs resolveu voltar para casa, mas deu por si perdida. Começou a andar em circulos.. Exausta resolveu parar. A Lua cheia iluminava a floresta, o silencio envolvente era medonho. Caminhou até um riacho onde podia beber água mas ao chegar perto escorregou e caiu mesmo na água. Bateu com a cabeça numa pedra bicuda o que a fez abrir a cabeça e fez um golpe de tamanho e profundidade considerável no joelho. Encharcada, a entrar em hipotermia mesmo sendoVerão e até estando uma noite agradável, tentou manter-se consciente. Tirou a t-sirt para usa-la de garrote na ferida do joelho. A situação por ali não estava fácil.
Em casa, todos  estavam preocupados... Maria não aparecia, tinha deixado o telemovel em casa, não estava com nenhuma das amigas, Salvador não sabia dela... Niguém a tinha visto!

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Tempestade de Emoções # 39

Rita e Vasco iam atrás dela, mas Salvador impediu-os .
-Deixei-me tentar, só mais desta vez, por favor.
Vasco preparava-se para lhe bater mas Rita segurou-o.
- Calma, Vasco. Vamos dar-lhe só mais esta opurtunidade. A úlima.
- Tás parva ? Ele é um cabrão.
- É só mais uma vez. É o cabrão que a tua irmã ama, sabes bem.
- Ok, ok. Mas é a última, percebes ?
Maria estava no miradouro, com os braços à volta dos joelhos.
- Maria, da-me só uma opurtunidade. Deixa-me explicar-te.
- Não, vai-te embora. Deixa-me em paz.
- Não, ouve-me por favor. Depois, se tu quiseres eu vou embora.
- Não, porra!
- Por favor, Maria.
- Foda-se, fala, explica!
- Acalma-te, por favor.
- Estás a desperdiçar tempo!
- Naquela noite, como te disse, era o aniversário do meu irmão, fomos jantar fora, bebi um bocado, à noite no bar bebi mais e pior do que isso, fiz misturas. Fiquei alegre e queria muito ter-te ali. Mesmo! Falava de ti a toda a gente. Aquela rapariga andava a bater-me o couro à uns dias. Dei-lhe sempre com os pés, juro. Podes pergunta á Andreia. Mas ela não me largava e naquela noite, eu estava vulnerável e ela aproveitou-se, pelo que sei no  preciso momento em que tu apareceste
- Local errado, à hora errada.
- Tens de me perdoar, por favor.
- Já explicaste, agora podes ir.
- Oh Maria... Perdoa-me, caramba.Foi um erro, não vamos estragar tudo por uma merda d'um erro!
- Dá - me tempo, Salvador.
- Ok Maria... Só espero quenão seja tarde quando quiseres voltar. Já fiz tudo o que podia.

Maria permaneceu no mesmo sitio, não sabia o que fazer, o que pensar... Queria perdoar Salvador, mas não conseguia esquecer. Morria de saudades do rapaz, amava-o ainda mais que d'antes.. Tinha de conseguir esquecer.  Apagar aquela imagem sempre tão presente na sua mente.
Rita e Vasco foram ter com ela, respondeu pacientemente às perguntas dos dois e acabou por ir para casa com o irmão. Uma noite em branco, o costume dos últimos tempos.


Tempestade de Emoções # 39

De tarde telefonou às amigas, contou-lhes da surpresa e da saída com os amigos de Vasco. As raparigas pensavam que Maria devia pelo menos ouvir Salvador, afinal já tinha passado algum tempo... Maria ficou a pensar no assunto. À noite, encontraram-se no bar do rio. Maria apresentou as amigas aos rapazes como prometido. Inesperadamente, Salvador também apareceu por lá, estava com o irmão mais velho. Notava-se que estava abatido. Enquanto que Maria fingia que estava a passar um bom momento. No bar era noite de karaoke, a dado momento, Salvador subiu ao palco. O coração de Maria começou a bater demasiado rápido assim que Salvador pegou no microfone.
- Boa noite a todos. Todos vocês sabem queeu sou muito timido e devem estar surpreendidospor me veraqui. De facto não foi fácil subir até aqui, encarar-vos assim, mas há uma coisa que quero fazer. Quero pedir novamente desculpa a uma pessoa muito importante, arriscar-me-ia a dizer, a pessoa mais importante da minha vida. E portanto quero pedir-lhe desculpa cantando uma musica. Aqui vai...
O publico aplaudiu com muito entusiasmo. O coração de Maria estava a mil. Tinha tudo para ser o momento perfeito, não fosse a imagem daquela noite, aquele aperto no coração... Salvador recebeu imensos aplausos. O público ainda gritou «beija, beija», mas Maria apenas teve uma reacção: fugir.

domingo, 23 de janeiro de 2011

Tempestade de Emoções # 39

Certa tarde, estava em casa com os irmãos quando tocaram à campainha. Sofia foi à porta.
- Boa tarde, menina.
- Boa tarde. - respondeu Sofia, espantada pois o homem trazia um ramo de flores na mão.
- Venho entregar estas flores à menina Maria Campos. Pode fazer o favor de assinar ?
- Sim, sim.
Sofia assinou, pegou nas flores e entrouem casa.
- Flores ? Quem te mandou Sofia?
- A Sofia tem namorado, uuuuhhh! - brincouMaria.
- Não, parva. As flores são para ti.
- Para mim ?!
- Para Mia? - perguntou Bernardo.
- Foi o principe ? - perguntou Lúcia, encantada.
- Quem veio entregar ? - perguntou Maria enquanto pegava nas flores, umas rosas vermelhas lindissimas.
- Foi o homem da florista.
- Enão lhe perguntaste quem tinha mandado as flores ?
- Hm, não. Mas, tens ai um cartão.
- Como se fosse dificl de saber quem foi, Maria. - comentou Vasco.
Maria pegou no envelope, retirou o cartão e numa caligrafia bonita podia ler-se: «Desculpa. Amo-te, S
Os irmãos perguntaram o que dizia, quem tinha sido e por ai fora, mas Maria esquivou-se dizendo que um dia lhes contava. Telefonou às amigas e contou-lhes o sucedido. As raparigas acharam o gesto bonito mas de qualquer maneira Maria ainda não tinha perdoado Salvador.
Uns dias depois, nova surpresa. Miguel e Teresa, os pais de Maria, sairam cedo de casa para irem trabalhar. Bem em frente da porta de casa depararam-se com uma mensagem romantica escrita em pedras: «Desculpa. Amo-te, S
- Oh meu Deus! Mas o que é isto, Teresa ?
- Parece-me um pedido de desculpas.
- Para a Maria ? Flores no outrodia, hoje isto. Ela anda triste que eu bem vejo. O rapaz fez da boa e isso não me agrada nada! Ele magoou a minha menina.
- Pois, mas pelos vistos está arrependido e empenhado em ultrapassar oerro.
- Não confio, não confio!
-Não sejas pai galinha. Olha-me que romantico que isto está. Vou enviar uma mensagem à Maria para ela vir cá fora assim que acordar.

Maria já estava meia acordada. Leu a mensagem e curiosa levantou-se. Na rua, não viu nada, mas depois acabou por olhar melhor e descubriu a mensagem. Ficou surpreendida e eternecida. Maria queria perdoar Salvador, mas não conseguia. Não conseguia esquecer aquela noite em Vila do Conde. Entretanto apareceu Vasco que ia correr com uns amigos.
- Bom dia, madrugadora.
- Bom dia.
- Que é aquilo?
- Ahm, nada.
- Desculpa. Amo-te, S ?
- Hm, pois.
- Maria, conta-me de uma vez por todas o que é que aconteceu.
- Oh, está bem, vá. Mas enquanto tomamos o pequeno almoço que estou cheia de fome!
Assim fizeram, Maria contou ao irmão que tinha ido a Vila do Conde e oque por lá se tinha passado.
- Cabrão!Se o apanho, dou cabo dele!
-Vasco, não faças nada, por favor.
Vasco insistiu mas Maria convenceu-o. Entretanto os amigos de Vasco chegaram e desafiaram Maria a ir correr com eles. Maria aceitou. Gostava imenso de sentir o vento fresco bater-lhe na cara.
- Mariazinha, então e quanto é que nos apresentas umas amigas bonitas como tu ?
Maria riu-se.
- Olha o respeito, Pedro.
-Oh Vasco, temos que admitir que é verdade.
- É quando quiseres.
- Mas mesmo a sério ?  Aquela, ameia loira é bem gira.
- A Rita?
- Exacto! Não me lembrava do nome dela. Vá mas olha, hoje mesmo podiamos ir tomar café todos, o que dizem ?
- Por mim, 'tou nessa!
- Está combinado.

sábado, 22 de janeiro de 2011

Tempestade de Emoções # 38

XXXVIII

Salvador também regressou a casa dos avós. Queria explicar-se a Maria, tinha continuado a tentar o telemovel da rapariga mas sem sucesso. Resolveu ir a casa dela.
- A Maria está ? - fora Vascoquelhe abrira a porta, mas não sabiado que tinha sucedido.
- Está. Está noquarto, podes ir até lá.
- Obrigada.
Salvador já conhecia mais ou menos a casa e acabou por ir direitinho ao quarto das raparigas. Maria estava deitada na sua cama com os fones nos ouvidos mas estava a dormir. Salvador ficou por instantes a admira-la. Passou suavemente a mão pelos longos cabelos da rapariga que acordou sobressaltada.
- O que é que estás aqui a fazer? Sai. Eu não quero falar contigo, nem quero voltar a ver-te. Sai, sai do meu quarto, sai de mim!
- Vá lá, deixa-me explicar, princesa!
- Nem te atrevas a voltar achamar-me isso.
-Maria,por favor, ouve-me.
- SAI!
- Eu estava bebado,Maria! Não estava em mim.
- Isso não é desculpa. Não há desculpa possivel. SAI!
- Eu saio, mas volto.
- Sai!- gritou Maria tentando conter as lágrimas.
O rapaz acabou por sair desolado. Também ele estava a sofrer. Tinha cometido um erro sem qualquer intenção. A rapariga que mais amava no mundo estava a sofrer. Fora ele quem a magoara. Regressou à quinta , pegou no se cavalo e partiu. Andou horas a fio a cavalgar. Libertava-lhe um pouco a dor.

Maria fechou-se no quarto achorar. Os irmãos tentaram falar com ela,mas em vão. Acabou por adormecer. A mãe foi acorda-la para jantar.
- Maria, acorda filhae. São horas dejantar.
- Não tenho fome mãe.
- Oh Maria o que é que aconteceu?
-Nada mãe. Eu estou bem. - sorriu.
- Maria, sou tua mãe. Adormeceste de tanto chorar, tens esses olhos inchados e vermelhos, já para não falar da magoa que se vê.
- oh mãe...
-Oh minha querida não chores. Sabes que podes falar comigo.
- Oh mãe eu sei, mas não consigo. - soluçou.
- Oh minha pequena..Não sofras tanto. Tudo se resolve.- abraçou-a.
- Obrigada,mãe.
- Anda jantar, agora.
- Oh mãe a sério não tenho fome.
Depois de mais uma noite em branco, Maria foi ter com as amigas na tentativa de se distrair. Passava osdias atentar ocupar-se e a fingir que estava bem. Mas nem sempre conseguia...Numa visita à avó, esta de imediato lhe disse: Que olhar tão triste, minha querida!  Em casa, Vasco todos os dias lhe perguntava o que tinha acontecido. Maria nunca contava...

Tempestade de Emoções # 37

XXXVII


 
Maria passou a viagem a chorar. Tentava conter mas a dor que sentia era enorme. Chegada à Figueira foi até à Pousada da Juventude. As raparigas estavam a arranjar-se, tinham acordado à pouco tempo.
- Maria ? O queesás aqui aazer ? O que é queaconteceu ?!
Maria não conseguiu articular palavra, uma vez mais as lágrimas foram mais fortes.
- Oh minha pequena..
- Foi ele ? o Que é que ele te fez ?
Maria acalmou-se e contou às amigas o que tinha acontecido.
- Que cabrão!
- Oh, Mia... Tu não mereces! Não chores mais...

 * * * * *

- Puto, temos que falar.
- Diz.
- Vem cá a casa assim que puderes.
- É grave...
- Vem que já falamos.
Passados dez minutos Salvador , lá estava.
- Que se passa , Fábio ? Estás a assustar-me.
- Que andaste a fazer ontem à noite ?
- Ahm ? Como assim ? Estive no bar como tu .
- Olha, isto. - Fábio mostrou-lhe o bilhete que Maria tinha escrito. - Reconheces a letra ou assim ?
- Assim de repente não estou a ver... Mas suponho que seja de uma rapariga chamada Maria. Belo nome... Mas não estou a ver onde queres chegar. Conta de uma vez.
- Quantas namoradas tens, meu ?
- Uma, sabes bem!
- Não sei se sei. E mais? Nenhuma amiga colorida ?
- Fábio, desembucha!
- Então é assim: a tua namorada esteve em Vila do Conde, ontem. Esteve inclusivé no bar e pelo que sei não gostou muito do que viu.
- O quê ?! A Maria esteve cá ? Nãão! Aquilo foi apenas um impulso! Eu já não estava sóbrio e a miúda é gira e estava-me a bater o coro. Porra, não podia ter acontecido! Estraguei TUDO, Fábio!
Salvador entrou em pânico. Tinha cometido o maior erro da sua vida. Andreia chegou pouco depois e contou ao rapaz tudo o que tinha acontecido. Telefonou para Maria vezes sem conta. Estava em desespero. Maria desligou o telemovel. Salvador arranjou o numero de Rita, Quica e Filipa mas em vão. Nenhuma atendia. Escreveu mensagens, mas nada. Nada de nada.
- O que é que eu faço agora ?
- Agora esperas... Dás-lhe tempo. Ela vai acabar por te ouvir. Mas agora ainda está dominada pelo ódio, pela raiva...
- Eu não posso perdê-la Andreia, não posso!
- Mas ontem não pensaste nisso!
- Eu sabia lá que ela vinha! Ela tinha chegado um minuto mais cedo e nada disto acontecia!
- Não a estás a culpar, pois não ?
- Claro que não! E se eu for ter com ela agora ?
- Não me parece boa ideia. Deixa-te estar.
- E fico aqui? Sem fazer nada ?
- Dá-lhe espaço..
- Não. Eu tenho de ir tercom ela.
Mas Salvador estava com azar. Só ia conseguir viagem para o Interior no Sabado, não se lembrando que Maria podia estar na Figueira.

Na Figueira, Maria tentava recompor-se mas era muito dificil. Na praia dava longas caminhadas, tentava sempre manter-se ocupada... Certo dia estavam na praia a jogar voleibol quando apareceu um grupo de jovens a desafia-las para um jogo. Aceitaram e acabaram por socializar com o tal grupo. Iam à pousada tomar um banho, trocar de roupa comiam qualquer coisa e saiam para a noite. De bar em bar, uma discoteca ou outra... Numa noite encontraram os amigos da praia, iam fazendo amigos novos, conhecendo pessoas. Um dos novos amigos ficou bastante interessado em Maria, mas esta não lhe dava bola nenhuma. Maria mal conseguia dormir, tinha ainda a dita imagem na cabeça a dor aguda no peito. No ultimo dia, o tal rapaz que ficaram muito interessado em Maria convidou-a para um passeio, Maria aceitou. O rapaz comprou uma rosa vermelha e declarou-se:
- Miúda, foste a melhor coisa que me aconteceu estas férias! - disse entregando-lhe a rosa. O rapaz tentou beija-la mas Maria cortou-se.
No dia seguinte as raparigas regressaram às Beiras. Maria tentava a todo o custo disfarçar a tristeza que lhe ia na alma. Foi uma 'festa' quando chegou a casa.

Tempestade de Emoções # 36

- Amor, acorda. São horas dopequeno almoço.
- Só mais um bocadinho.
- Vá, já continuas.
- Hm.. Bom dia amor.
- Bom dia. Segura na Vitória enquanto eu vou à casa de banho.
- Anda cá pequenina. Amor, porque é que estava um papel na mesa das chaves a dizer 'Obrigada' de uma tal Maria ?
- Ah, isso.É uma longa história. É melhor contar-te quando acordares de vez.
- hm, mas é grave ou assim ?
- Mais ou menos. O Salvador traiu a namorada.
- Hm, o puto ontem já não era propriamente ele, mas vá agora começaste, acabas.
Andreia contou como encontrou Maria, quando esta a reconheceu, a conversa que tinham tido...
-Ahah. Pois o Salvador já me tinha dito que ela 'gostava' de mim. Ela foi com ele ver o ultimo jogo. Ela diz que eu sou bonito quando faço a barba.
- Ahahah. A miúda é muito expontanea. Gostei imenso dela e tive imensa pena. Estava completamente distroçada. Só espero que ela esteja bem, dentro do possivel claro.
- Eu já telefono ao puto, agora vou dormir mais um bocado.
Andreia deu-lhe um beijo, pegou em Vitória e deixou o quarto às escuras.

Tempestade de Emoções # 36

- Ei, miúda, está tudo bem ? - perguntou uma voz feminina.
- Não, longe disso. Mas eu fico bem, obrigada.
- Precisas de alguma coisa ?
- Não, obrigada.
- De certeza ? Não queres ir lá dentro, beber um copo de água ?
- Não, eu não volto a entrar ali!
- Wow,aconteceu alguma coisa ?
A rapariga era alta, Maria não conseguia ver-lhe bem o rosto. Estava acompanhada de um carrinho de bebé que empurrava em jeito de adormecer a criança.
- Acabei de ver o meu namorado, o rapaz que eu julgava ser o amor da minha vida, aos beijos com outra.
- Oh meu Deus. Lamento imenso.
- Hm, pois.
- Não quero nem imaginar o que isso doi. Mas olha, vem comigo, não até ao bar, mas até minha casa.
- Não, não quero incomodar-te. Eu vou só esperar que amanheça, depois apanho o comboio e vou-me embora.
- Eu insisto. Não incomodas. Não vou deixar que passes a noite ao relento.
Maria recusou durante algum tempo, mas a rapariga continuou a insistir e Maria acabou por aceitar.
A rapariga colocou a criança na sua cadeirinha enquanto Maria entrou no carro. Quando a rapariga se sentou ao volante Maria conseguiu finalmente ver-lheo rosto. Era loira, olhos castanhos... Maria reconheceu-a de imediato.
- Mas tu és a Andreia!- exclamou.
A rapariga sorriu e confirmou.
- Então e ela é a Vitória e isto é o Audi Branco do Coentrão! !
- Certo. - riu Andreia.
- Não posso! Só me faltava agora a ironia!
- Ironia ?
- Sim.. Eu pensava que o dia em que isto me ia acontecer ia ser um dos mais felizes da minha vida.
- És mais uma fã doFábio ?
- Não sei se é bem fã. Eu gosto imenso de futebol, sou Benfiquista mais do que ferranha e gosto imenso de o ver jogar. Nunca desiste, tem sempre aquelas ganas de vencer. Admiro-o.
Andreia sorriu. A viagem foi rápida. Vitória continuava a dormir, era loirinha, bastante parecida com o pai.
- Ela é tão bonitinha! Tem um ar tão sereno.
- Ahah, sim, nesse aspecto sai a mim.
Maria iria dormir no sofá da sala, iam conversando enquanto Andreia dava de mamar à criança.
- Tu não és de cá pois não?
- Não. Sou das Beiras, de uma vilazinha perto da Serra da Estrela.
- Hm.. Eu sei que não deves querer falar no assunto, mas quem é que é o teu namorado ?
Maria suspirou numa tentativa fracassada de conter as lágrimas.
-É o Salvador.
- Salvador?! O Salvador?! Claro! Claro! É daí que teconheço!
- Sim, o Salvador. Irmão do Alex e do Miki. Tu conheces-me ?
- Sim, a tua cara não me és estranha e agora já me lembro, o Salvador mostrou-nos umas fotos e tu estavas lá.
- Ahh, ele nunca me disse nada.
- Oh meu Deus! Aquele rapaz não tem juizo. Ele sabia que tu vinhas ?
- Não... Queria fazer-lhe uma surpresa... Ele andava distante dehá uns tempos pra cá. Eu pensava que era por causa dos exames mas os exames passaram e ele continuou distante... Agora sei porquê.
- Oh minha querida... Lamento imenso! Não sei que te dizer. O Salvador parecia tão apaixonado por ti... O brilho nos olhos dele quando falava de ti, a cara que fazia quando via o telemovel. O Fábio brincava imenso com ele.
Maria não foi capaz de articular palavra. As lágrimas caiam uma após outra.
- Calma... Respira fundo. Se o Salvador fez isso com intenção não merece essas lágrimas. Mas tu tens que falar com ele. Ouvir uma explicação dele.
- Não! Eu não vouolhar para a cara dele tão cedo. Eu vi. Eles estavam a falar, muitos sorrisinhos e depois, depois beijaram-se! - chorou.
- Mesmo assim. Pode ter sido um impulso, um mal-entendido, qualquer coisa!
- Eu vi.
- Olha, fazemos assim, agora vais descansar e amanhã quando acordares de cabeça friadecides o que queres fazer.
- Eu já decidi.
-Mesmo assim, pensa melhor. Eu vou deitar a pequena. De certeza que não precisas de nada?
- Sim.. Muito obrigada por tudo!
-Não agradeças... Quem me dera conhecer-e noutras circustancias. Boa noite.
- Boanoite-
Maria tentou dormir, mas era em vão. Cada vez que fechava os olhos só via aquela imagem. Eram cerca de 3 da manhã quando Andreia se levantou para dar o peito à pequena Vitória. Ao passar pela sala, viu que Maria estava acordada.
- Acordei-te ? Desculpa!
- Não, nem te senti. Mas não consigo dormir.
- Oh rapariga...
- Eu fico bem. Trata da Vitória e vai dormir. Eu fico bem.

Assim que o dia começou a aclarar, Maria partiu de casa dos Coentrão deixando um bilhete de agradecimento

Tempestade de Emoções # 36

XXXVI

No sabado, Maria partiu para Vila do Conde e as amigas para a Figueira. Encontrar-se-iam na segunda-feira. Maria resolveu não dizer nada a Salvador. Seria uma visita surpresa. Certificou-se apenas de que o rapaz não ia sair de vila do Conde nesse fim-de-semana. Maria planeava chegar a Vila do Conde ao final da tarde mas os comboios atrasaram-se e Maria acabou por chegar já de noite. Salvador estava no bar do amigo Coentrão a festejar o aniversário de um amigo. Maria teve alguma dificuldade em encontrar o bar, mas conseguiu. Estava cheio, Maria entrou e as pessoas ficavam curiosas aolhar para Maria de mochila às costas. Num rápido olhar encontrou Salvador. Estava à conversa com uma rapariga, por sinal, bonita e de repente, como se fosse a coisa mais natural do mundo, beijam-se! Maria nãoqueria acreditar noque estava a ver. As lágrimas começaram a cair-lhe numa corrida desenfreada. Maria saiu do bar o mais depressa que conseguiu. Dexou de sentir o chão, uma enorme dor no peito sufocava-a, o coração estava acelerado como nunca, queria correr, sairdali maso corpo não obedecia, aspernas não se moviam, deixou de as sentir Deixou-se cair no passeio. Na sua mente perdurava aquela imagem, um só segundo eo seu mundo desabara...


Tempestade de Emoções # 35

No último dia de aulas, Maria e as amigas foram almoçar à pizzariacomo de costume. No final da tarde, Salvador veio ter com Mariaaomiradouro. Assim que o rapaz chegou, Mariaabraçou-o com imensa força.
- Meu amor! Tinha tantas saudades tuas.
-Oh minhapequena e eu tuas!
Permaneceram abraçados. Maria tinha a cabeça encostada no peito do namorado e conseguia ouvir-lhe os batimentos cardiecos mas estava distante, estava dominada pelo medo. Mas Salvador não reparou. Ele estava preocupado e ansioso, mas pelos exames. Queria tirar boas notas para entrar onde queria.
- Estás tão tenso Salvador... E essas olheiras.. - notouMaria.
- Hm, sim. Ando um pouco cansado.
- Oh Salvador tens de ter calma. É só um exame, além disso tu dominas aquilo!
- Mas tenho medo defalhar, Maria...
- Olha para mim. Tu és capaz e tu vais conseguir! Eu acredito em ti e tu tensque acreditar também.


Salvador tinha exame na segunda-feira,Maria foi passar o domingo com ele para se certificarque ele descansava. Salvador acabou por descontrair e no dia seguinte o exame correu-lhe de feição assim como o outro exameque lhe faltava. Assim que terminou os exames, Salvador ficou apenas dois dias e seguiu para o Norte.
Na sua ausencia, Maria tentava entreter-se com as amigas na piscina, a acompanhar a Selecção mas a sua tristeza começava a ser notória. Até os paisjá tinham notado. A mãe cada vez que dava com ela pensativa tentava sacar-lhe qualquer coisa mas sem efeito. Vasco idem. O que entristecia mais Maria era o facto de o rapaz mal lhe ligar ou enviar uma mensagem.

- Ó Mia, está tudo bem ?- perguntou Rita quando numa tarde de piscina Maria desligou o telemovel muito desanimada.
- Sim, claro. - mentiu.
- Mia!
- Não e preocupes.
- É o Salvador ?
- É a falta do Salvador.
Maria explicou às amigas o que tantoa entristecia, os medos, s saudades... Sentiu-se um pouco maisaliviada.
-Tenho uma ideia! Prá seman, quando formos para a Figueira podes ou podemos fazer um desviozinho por Vila do Conde.
Maria ficou a pensar na sugestão da amiga e acabou por aceita-la.

Tempestade de Emoções # 35

XXXV 
A segunda quinzena de Maio era sempre atribulada, cheia de teste, trabalhos, relatórios.. Tudo isso. O que provocava um grande stress nas raparigas.
A juntar a toda essa azafama veio afinal do Campeonato de Voleibol do DesportoEscolar. Um jogo renhido com a equipa de Aveiro, no entanto conseguiram vencer. Um sonho realizado. Participaram ainda num torneio ibérico. O voleibol acabou por impedir as raparigasde irem ver a Selecção Nacional à cidade da Covilhã onde se realizava o Estágio de Preparação para o Mundial de 2010. Salvador tinha ido assistir apenas aum dos jogos-treino, poistambém ele andava atrapalhado com testes e trabalhos. Maria e Salvadorcom tudo isto não conseguiam estar juntos tantas vezes quanto gostavam.
- Estou tãocansadadetudo isto! - queixou-se Quica.
- Nem me digasnada. - retribuiu Maria.
- Se me apanho de férias...!
- Olhem, nas férias deviamos ir passar uns dias fora daqui, as quatro !
- Que grande ideia, Fi!
- Então vamos começar a procurar sitios e essas coisas.
- E claro, falar com os papás...
- Sim, claro.
Todas falaram com os pais e apesar de alguma hesitaçãotodos concordaram.Defacto seria uma boa experiencia dado quejá faltava poucotempopara abandonarem a casa dos pais. Na Quarta-feira daúltima semanade aulas, juntaram-se em casa de Quica para investigarem sitios , preços e essas coisas.
Estavam indecisas entre a Figueira da Foz e o Gerês. Em sorteio calhou-lhes a Figueira... Parque de Campismo ou Pousada ? Contas feitas, a pousada era melhor. Reservaram tudo e de seguida viram um filme. Depois acabaram por jantar todas juntas e quando regressaram a casa, Maria telefonou a Salvador, mas o rapaz não atendeu. Ele já não tinha aulas, mas estava a preparar-se para os exames e isso não lhe deixava muito tempo livre. Maria compreendia-o perfeitamente mas não conseguia deixar de ficar triste. Mas que isso, andava ansiosa e com receio. Salvador ia passar o Verão no Norte, mal o ia ver.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Tempestade de Emoções # 34

XXXIV

E o tão esperado dia acabou por chegar. Foram de comboio até Lisboa, por lá passaram um dia divertido, jantaram nocentro comercial e seguiram para o estádio. Salvador torciapeloRio Ave e osirmãospelo Glorioso. Maria estava em extase. Salvador fotografou-a mil e uma vezes. Estavam bem ao pé do banco de suplentes do Benfica. O jogo foi fantástico.  Benfica jogou bonito e levou os adeptos ao rubro. No fim, a vitória! A vitória e uma enorme festa. Maria não podia estar maisfeliz. Coentrão fizera um jogo fantástico, e mais, eram CAMPEÕES ! A festa prolongou-se madrugada dentro.
Após uma directa e ainda em euforia os irmãos apanharam o comboio de regresso a casa. Salvador seguiu para o norte. Dormiram na viagem e chegaram a casa já depois de almoço. Já não foram às aulas.
Salvador telefonou a Maria perto das 7 da tarde.
- Princesa!
- Olá - dissecarinhosamente.
- Chegaste bem ?
- Sim e tu ? Como está a correr o casamento ?
- bem, muito bem. Está cá bué imprensa, bah. Mas olha, viste a convocatória ?
- Ahm ? Não! Esqueci-me.
- Não faz mal, mas olha, aqui vivesse a euforia! O nosso Fábio foi convocado!
- Ahah , a sério ? Que fiche! Ficomesmo contente. Dá-lhe os parabéns.
- Claro, meu amor.
- E tu , quando vens ?
- Amanha. Estou cheio de saudades!
- Também eu, também eu.
- Bem, princesa, tenho de desligar. Amo-te.
- Beijinho,diverte-te. Amo-te.

E no dia seguinte, Salvador estva de volta. Maria'obrigou-o' a contar todos os pormenores do casamento.

Tempestade de Emoções # 33

XXXIII
E o tempo foi passando ao ritmo de uma rotina típica da vida de estudante. Numa segunda-feira dos princípios de Maio, depois de Salvador ter passado o fim-de-semana no Norte, estavam sentados num banco do jardim a aproveitar o Sol quando Salvador pediu a Maria que tirasse da sua mochila um envelope vermelho. Maria entregou-lhe, mas o rapaz devolveu-lho dizendo que era para ela. Maria abriu. Lá dentro encontravam-se dois bilhetes para o jogo Benfica x Rio Ave, o último do campeonato, o jogo do titulo, os bilhetes do sonho!
- Vais ver o jogo ?
- Sim, vou.
- Que sorte!
- Mas esses bilhetes são para ti, amor.
- Ahm ?!
- Sim… A maior parte do pessoal vai com o Rio Ave, então no fim-de-semana estive a falar com o Fábio e ele arranjou-me dois bilhetes para poder levar-te a tie se tu quiseres levar mais alguém…
- A sério ?! – os olhos dela brihavam!
- Claro.
- Aii ! Obrigada! Obrigada! Obrigada! – abraçou o namorado, não cabia em si de contente.
- Ahh,mas espera amor, tenho uma coisa para tecontar.
- Conta.
Salvador começou a rir-see tentou falar:
- O Fábio…ahm… ahahah. Vai casar-se ... na segunda-feira depoisdo jogo… ahah!
- Vai ? Com a Andreia ? – perguntou Maria, meia desconsolada.
- Sim…
- Ele está feliz ?
- Meio feliz, meio apreensivo.
- Hmm..
- Mas ainda há mais…
- Mais?
- Sim.. A Andreia está grávida.
- Quêê?! – disse estupefacta.
- Pois. De uma menina, que nasce em Julho. Vai chamar-se Vitória.
- wow! Que cena.
- Ahahahahah, devias ver a tua cara. Ahah!
- Oh, para de gozar.
- Ahah, pronto, princesa. – disse dando-lhe um beijo para a consolar.
À noite , em casa, Maria conversou com Vasco sobre os bilhetes.  O irmão ficou surpreendido com a oferta mas aceitou imediatamente a proposta.
- Então e agora, como é que dizemos aos pais ?
- Hm.. Eles não sabem , não é ? Oh diz que é amigo e que conhece o Fábio e pronto.
- Achas que é suficiente ?
- Espero bem que sim.
Ao jantar falaram com os pais e após alguma hesitação e bastantes perguntas os pais acabaram por deixar para enorme felicidade dos irmãos. Maria telefonou de imediato a Salvador e às amigas. Não cabia em si de contente.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Tempestade de Emoções # 32

XXXII
Durante o fim-de-semana, Salvador e Maria iam trocando mensagens cheias de ternura. Na segunda-feira mataram as saudades ao almoço.
Salvador estava prestes a fazer anos e Maria não sabia o que lhe havia de oferecer. Queria fazer algo fora do vulgar,algo especial mas nada de extravagante. Opurtunamente, Salvador queixou-se de que não tinha palhetas para a viola. Então, Maria resolveu comprar-lhe as palhetas e personifica-las. O aniversário do rapaz calhava num dia em que ambos tinham tarde livre. Maria saiu mais cedo do treino de voleibol e foi almoçar a casa do namorado. Quando chegaram a avó já tinha tudo pronto. Sentaram-se e almoçaram. Foi um almoço divertido, a avó e o tio contavam imensas histórias da infancia de Salvador. Como era reguila aquele rapaz! No fim cantaram os Parabéns e comeram o delicioso bolo qe a D.Josefa tinha feito. Salvador e Maria subiram até ao quarto do rapaz. Com uma música calminha de fundo, Salvador puxou suavemente Maria para si, envolveu-a com os braços e beijou-a apaixonadamente.
- Não imaginas comoestou feliz. - disseSalvador com um sorriso encantador.
- Ainda bem, meu amor.
- Tenho amelhornamorada do mundo e arredores, sabias ?
- A sério ? Deve ser bué fixe. - ironizou Maria com um sorriso.
- Hmhm. É linda, carinhosa e o coração ? Tem um coração de ouro! É fantástica! Amo-a, amo-a de verdade. Nem na minha vida de mulherengo amei alguém mais do queaamo a ela.
Maria corou e respondeu com beijos, beijos cheios de paixão. Depois levantou-se e foi à sua mochilabuscar um pequeno embrulho. Estendeu-o na direção de Salvador.
- Feliz aniversário, Grande Salvador.
- Para mim ? Oh, mas não era preciso!
- Shiiu. Abre e vê se gostas.
Salvador abriu eviu as palhetas.
- Ahah, estava mesmo a precisar. Adorei, amor. Muito obrigada!
- Eu sabia.
Dentro do pequeno embrulho estava ainda um pequenobilhete. Salvador pegou nele e leu:
Meu amor,
«O meu coração é como uma máquina de escrever, basta tocar para entrar na história.» Etu tocaste, tocaste com toda aforça e encanto. Mais do que entrar na história, dominaste-a, deste-lhe cor e vida. Epor tudoisso e muito mais,um grande obrigada melhor namorado domundo Amo-te.
(a tua) Maria

 
- Oh princesa, deixas-me sem palavras.

Savador e Maria pareciam feitoum para o outro. Nutriam um amor simples mas de uma beleza e pureza que fazia inveja a muitos...


sábado, 15 de janeiro de 2011

Tempestade de Emoções # 31

XXXI

Quando chegou a casa, os pais ainda não tinham chegado, aproveitou para tomar um banho enquanto os irmãos preparavam ojantar.
- Estás muito contente , Mia. - comentou a pequena Lúcia ao jantar.
- Tu estás triste? - retorquiu Maria tentando controlar a sua felicidade.
- Não. Mas tu estás muito,muito contente.
- Hm, sim. Correu-me bem o dia.
- Ainda bem, filha. Mas aconteceu alguma coisa especial ?
- Não, pai. - mentiu.

Depois de jantar esteve a conversar com Diogo. Contou-lhe o que tinha acontecido, tal como lhe tinha prometido. O irmão ficou feliz por ela. Depois disso dedicou-se então aos trabalhos e foi por fim dormir.No dia seguinte foi para a escola um pouco mais cedo para conseguir falar com as amigas primeiro.  
- Bom dia meninas!
- Bom dia.
- Tenho uma coisa para vos contar.
- Uii, força.
-Assim muito directamente : eu e o Salvador... namoramos.
- O quê ?! Desde quando? - perguntou Quica algo surpreendida.
- Que fofinhos! - disse Filipa, emocionada.
- Finalmente!
- Desde ontem. por isso vim mais cedo, não queria que soubessem por outras pessoas.
- Oh Mia, que bom! Agora já percebo esse brilho nos olhos.
- Ahah. A nossa Maria está a ficar uma mulherzinha.
- Que engraçadinhas.
- Mas olhem lá quem está a chegar.
Salvador estava a passar o portão da escola. Assim que entrou no salão de convivio dirigiu um sorriso envergonhado a Maria. Chegou-se a ela e trocaram um beijo.
- Bom dia, minha princesinha. - sussurrou Salvador
- Bom dia, meu amor. - retribuiu Maria, derretidissima.
As raparigas olhavam eternecidas com a beleza de um amor tão simples e tão encantador. Em volta gerou-se de imediato um burburinho. Maria e Salvador tornaram-se os portagonistas do dia. Felizmente era fim-de-semana, mas Salvador ia para o Norte.
À noite , quando só já estavam os dois, foi a vez de Vasco questionar Maria.
- É verdade aquilo que se diz ?
- E que é que se diz ?
- Que tu namoras com o rapaz das Caxinas.
- Sim, é.
- Hm , porque é que não me contaste nada ?
- Oh porque não calhou.. Sei lá.  
- Era por isso que estavas tão contente ontem ? Gostas mesmo dele ?
- Sim, era. E sim, gosto mesmo dele.
- Então é bom queo menino não te magoe!
- Ahah, sempre o protetor. - disse Maria abraçando-o

Tempestade de Emoções # 30

XXX

Maria avisou os irmãos que ia mais tarde para casa e foi com Salvador. O rapaz estava tenso. Caminharam pela margem da barragem.
- Aii, Salvador! Fala! Estás ai todo tenso,o que é que tens paramedizer ?
- A questão é a seguinte: tu és uma miúda linda, por dentro e por fora e desde o primeiro dia que me 'tocaste' por assim dizer. Mas a força desse toque cresce de dia para dia. E cheguei à conclusão que estou apaixonado por ti...
- Woow! Desta é que eu não estva à espera. -disse Maria completamente derretida. -Mas foram sem duvida as palavras mais bonitas que alguma vez me disseram. - completou passando amão pelo rosto do rapaz.
- Eu amo-te, Maria. - sussurrou Salvador antes de beijar a rapariga.
- E eu a ti,Salvador.
A tensão desapareceu esurgiuum clima de paixão. Salvador pegou numa flor das que havia por ali, ajoelhou-se e pegou na mãode Maria.
- Que é que estás a fazer ? - riu Maria.
- Shiiu! É um momento sério.
- Maria, queres namorarcomigo?
Maria riu, parecia uma tipica cenadefilme.
- Sim, quero.

Os dois estavam extremamente felizes. Salvador ainda insistiu para que Maria jantasse com eles mas ela recusou.


Tempestade de Emoções # 29

XXIX


No dia seguinte as aulas recomeçaram. Na escola, Salvador era ainda mais solitário, falava com este ou aquele mas nunca ia além de uma conversa banal. As raparigas bem tentavam aproximar-se mas ele não lhes dava bola. ndava quase sempre sozinho. Quando não estava sozinho, estava com Maria. Maria era a única pessoa que tinha conseguido conquistar a confiança do caxineiro.
Maria estava no bar com as amigas quando Salvador lhe tapou os olhos .
- Tira as mãos de cima de mim , João!
As raparigas riram, João era um colega de turma de maria com quem ela não se dava nada bem. Maria pôs o tato à prova e acabou por acertar:
- Salvador!
- Bom dia,Maria e companhia.
- Bom dia, Salvador.
- Anda, puxa uma cadeira e senta-te .
Salvador obedeceu e pouco depois Rita , Quica e Filipa lembraram-se que tinham de ir à reprografia e deixaram o casalinho a sós.
- Estas miúdas...
- Ahahah. Mas conta-me, como estás, desde ontem ? - perguntou Salvador, acariciando a mão de Maria.
- Estou bem e tu ?
- Também. A avó diz que tu me fazes bem.
- Ahahah, a sério ?
- Sim. Ontem ao jantar disse-me que cada vez que estou contigo pareço outro.
- Que querida
-Eu acho que ela gosta muito de ti.
- Eu também gosto muito dela.
- E ela perguntou quando é que lá voltavas.
- Ahah, não sei. Tenho de ver a minha agenda.
- Hm, mas olha que me parecia bem voltares lá um dia destes.

Pouco depois seguiram para as aulas. A primeira semana acabou porpassar a correr. Na semana seguinte Maria almoçou com Salvador.
- Posso fazer-te uma pergunta, grande Salvador ?
- Claro, pequena.
- Porque é que estás sempre sozinho ?
Salvadoresboçou um sorriso triste eexplicou:
- Prefiro assim. Tenho fobia a pessoas, elas já me magoaram demasiado e não há niguém à exepção de ti, claro, que me cative nesta escola. Não digo que as tuas amigas por exemplo não sejam boas pessoas porque até acho que são, mas custa-me entregar-me assim.
- Entendo. Eu também tenho essa fobia. Então, mas porquê eu ? - perguntou meio envergonhada.
- Tu, porque tu cativaste-me desde o primeiro olhar, és uma pessoa muito cheia de vida e ao mesmo tempo notasse também que és pura, se é que me entendes. - respondeu Salvador.
Maria sorriu, derretida.

Mais tarde, na aula de educação fisica, os professores resolveram juntar novamente as turmas, desta vez a modalidade era ginástica acrobática e iam formar uma piramide gigante. Começaram por fazer exercicios simples e de pares para ganharem confiança.  Laura ainda fez par com Salvador mas o professor acabou por trocar-la e juntou Salvador com Maria. Laura não gostou.
Entre Maria eSalvador eranotavel a confiança que havia. Quando passaram aos exercicios de grupos maiores, na execução de uma dada figura Maria desiquilibrou-se ia caindo, mas Salvador estava no sitio certo à hora certa e conseguiu amparar a queda. Os dois ficaram numa posição algo'complicada' o que motivou boquinhas por parte dos colegas e um olhar carregado de paixão entre os dois.
No final da aula, Salvador esperou porMaria.
- Preciso de falar contigo. - disse a meda.
- Força.
- Nã, aqui não. tem de ser num sitio bonito.
- Ahm ?
- Podes vir comigo à barragem ?
- Agora?
- Sim. É importante, juro.
- Aii. Que é que vem daí Salvador ? Mas sim, acho que posso ir contigo.
- Boa. Vamos entao.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Tempestade de Emoções # 28

No fim-de-semana a cidade estava em festa . Dezenas de pessoas vieram passar o fim-de-semana à terra natal. Todas as noites havia bailarico e claro toda a gente ia, principalmenteos mais jovens. A escola estava lá em peso. Apesar da popularidade entre as raparigas, Salvador não tinha muitos amigos na nova cidade e por isso só depois de muita insistencia de Maria é que acabou por entrar nos bailes. As pessoas ficavam a olhar para ele, principalmente as raparigas, muitas da escola iam ter com ele, convida-lo para dançar,para beber qualquer coisa, etc. Mas o rapaz nunca aceitava. Os amigos tinham regressado ao norte na sexta-feira , o que tornava as coisas para Salvador e Maria um pouco mais fáceis. Segunda-feira era feriado municipal e dua das mentiras. Salvador convidou Maria para ir à quinta nesse dia a fim de lhe dar a primeira aula de equitação e Maria aceitou.
Assim que chegou , Maria achou Salvador estranho. Quando iam a caminho dos estabulo questionou-o.
- Que se passa, Salvador ?
- Nada...
- Esás estranho.
- Hm, não é nada... Quer dizer, tenho uma coisa para te dizer, mas não sei como ta hei-de dizer...
- Ai. Desembucha! Sê direto, sem rodeios por favor. A tua cara está assustar-me.
- Ok, ok.. Ahm.. Vou voltar para Vila do Conde.
- O quê ?! - disse Maria, incrédula.
- Sim, princesa...
Mas quando ? E porque ?
-Provavelmente no final do ano letivo.
- Porquê ?
- Porque a minha mãe diz queprecisa de mim lá.
- Mas ...
- O meu pai é que me mandou para cá, as coisas lá em casa não estavam nem estão bem e depois com a cena da expulsão pior. Mas agora já me habituei a isto e se for vou ter muitas saudades!
- Nem sei o que te dizer. Apanhaste-me completamente desprevenida. Não quero nada que te vás embora!
- Eu, em parte, também não quero ir. Mas não penses nisso agora.
- Quando soubeste?
- Pouco antes de tu chegares.
- Estou em choque!

Salvador envolveu-a com osbraços e ela encostou acabeça no peito dorapaz. Acabaram por trocar a aula de equitação por um passeio à beira da barragem. Sentaram-se na erva verdinha. Maria estava com uma cara realmente triste. Salvador olhava-a fixamente e de repente desatou a rir.
- Oque foi ? Porque é que te estás a rir ?
Salvador tentou controlar-se, acalmou o riso e revelou:
- Feliz dia das mentiras, princesinha!
- O quê ? Nãão! Não acredito, Salvador!
- Caíste que nem um patinho, ahah!
- Que parvo! Estavas a gozar comigo.
- Nunca pensei que acreditasses. Ahahah!
- Tu é que não devias brincar com coisas sérias. Foste parvo e mau. - disse Maria, amuada.
- Oh, desculpa, pequenina.- disse Salvado, puxando-a para si. - era uma brincadeira. Nunca pensei que resultasse tão a sério.
- Foste mau, muito mau.
- Ahah, faz beicinho, faz.- disse, mimando a rapariga . Acabaram por se envolver mais uma vez...

Tempestade de Emoções # 27

Entretanto Maria foi à casa de banho e deixou o telemovel em cima da mesa. Tocou, Rita viu quem era e atendeu.
- Tou.
- Olá princesinha.
- Ahahahah! Salvador é a Rita. A Maria está no WC.
- Ahh.. Desculpa, Rita! - disse Salvador completamente envergonhado.
- Já esqueci, está descansado.
- Ahm.. Então mas que andam vocês a fazer ?
- Nós estamos no rio, viemos tomar café. E vocês ?
- Nós , assim de momento, nada. De manhã fizemos um btt e agoraestamos adescansar.
- Ahh, muito bem. Então enão querem aparecer por aqui ?
- Hm.. Até podemos ir.
- Venham, então.
- Até já!
- Até já.
Maria apareceu no intante em que Camila desligou.
- Com quem estavas a falar ?
- Adivinha lá, princesinha. - disse Rita com voz de gozo.
- Salvador ?!
- Sim, princesa, ahah.
Maria corou.
- Ele não deu conta que não era eu ?
- Deu, mas tarde demais! - disseperdida de riso.
- Queola. Conta-me, que te disse.
- Disse que vinham aqui ter.
E rapidamente chegaram. Conversa para aqui, conversa para ali, acabaram por passar ali o resto da tarde.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Tempestade de Emoções # 27

XXVII

- Ahah, foi muito giro. - comentou Filipa quando regressavam.
- É verdade. Diverti-me imenso. - disse Quica.
- Ainda bem que gostaram.
- Eu também gostei. Mas ainda tens que me contar que raio há ali entre ti e o Salvador...
- Não comeces. Não há nada.
- Hmhm, vou fingir que acredito.

Quando chegou a casa, a mãe já estava em casa.
- Olá, mãe.
- Olá, minha filha. Sejas bem aparecida. Onde andavas ?
- Estava com as meninas, onde havia de estar ?
- Bolas! Vocês não se enjoam umas das outras ?
- Oh mãe, que parvoice!
No dia seguinte Maria ajudou o irmão com o tal trabalho e orientou os seus estudos. A meio da tarde combinou tomar um café com Rita.
- Vá , Mia, conta-me. Conta-me lá a historia entre ti e o Salvador.
- Que história ? Não há história, Rita. já te disse.
- Não sou parva, Maria.
- Eu sei que não. Mas já te disse que não há história.
- Tudo bem! Não queres não dizes . - Amuou.
Fez-se silencio por momentos.
- pronto, eu rendo-me.
Rita sorriu e Maria prossegiu.
- Eu e o Salvador damo-nos bem como sabes... Acho que há uma certa quimica entre nós...
- Sim, começa a ser notória.
- pronto... E o que aconteceu foi que nos beijamos...
- Oi ?! Como é qu'ié?! Como? Quando? Onde? Porque é que eu não sabia disso ?
- Oh, porque guardamos só para nós. Eu pelo menos vá. Bom , a primeira vez...
- Ah que bonito! E até já houve mais que uma vez...
- Oh, vá, não sejas assim...
- Continua, vá...
- A primeira vez foi em minha casa... Naquela tarde a seguir ao teste intermédio. Foi tão querido! E a segunda foi na festa dos finalistas.
- Hmm.. Então e ontem ? Quando apareceram os dois juntos ?
- Aí foi tudo por acaso mesmo. Quando eu sai da casa de banho vi que ele estava na cozinhae fui perguntar se queria ajuda e não aconteceu nada para além de um abraço.
- Que queridos. Gostas dele, não gostas ?
- Gosto. - disse a medo.
- E ele de ti ?
- Penso que sim..
- Estás feliz ?
- Muito. - sorriu Maria
- Já era tempo de alguém entrar nesse coraçãozinho!
- E tu como estás ?
- Eu estou bem também. Sinto-me bem assim 'livre'.

Tempestade de Emoções # 26

XXVI

O irmão de Francisca levou as raparigas até à barragem. O dia estava solarengo, mas corria uma brisa fria. Chegaram à casa de Salvador passavam cerca de 15 minutos das 3 da tarde. Tocaram à campainha e quem veio abrir a porta foi a avó do rapaz.
- Olá, minha querida.
- Boa tarde, D.Isabel. Está boazinha ?
- Cá vou andando. E tu como estás ?
- Estou bem, obrigada. Olhe, nós viemos ter com o Salvador, ele está ?
- Está sim, entrem. Ele estava a tomar banho e os outros rapazinhos estão na sala.
As raparigas entraram meias envergonhadas, Salvador estava a descer as escadas no momento em que elas entraram. Sorriu assim que viu Maria.

- Olá meninas. - cumprimentou-as uma por uma. - Estejam à vontade.
Dirigiu-se à sala e apresentou as raparigas aos dois amigos. Instalaram-se comodamente para ver o filme. Escolheram um filme de terror. Maria e Salvador não ficaram perto um do outro mas passaram o tempo a trocar olhares. A meio do filme, Maria foi à casa de banho. Quando saiu da casa de banho reparou que Salvador estava na cozinha, foi ter com ele.
- Precisas de ajuda ?
- Companhia, aceito. - corriu Salvador. Tinha posto pipocas a fazer, estava à espera do microondas. Puxou Maria para si, segurando-a pela cintura. - Tinha tantas saudades princesa.
Pi-pi-pi , ouviu-se o microondas.
- E agora, levamos-lhe as pipocas ou ficam para nós? - brincou Salvador.
- Hm.. Podiam ficar para nós, mas eles eram capazes de se chatiar.
- Ahah, vamos então ? - disse Salvador dando uma sauve beijo na testa de Maria.  E foram. Quando regressaram os amigos estavam todos superconcentrados no filme.
- Buuuh! - gritou Salvador.
- AAAAAAHHHH! - gritaram todos.
Salvador e Maria desataram a rir.
- Ena, vão a sitios diferentes e voltam juntos. - reparou Pedro.
- Coincidencias do caraças. - picou Filipa.
Maria e Salvador limitaram-se a rir. Sentaram-se, agora já bem juntinhos, com o balde de pipocas no colo.
- Oh lambão, partilha as pipocas! - brincou Duarte sentando-se no colo de Salvador. Pouco depois o rapaz lá se levantou para ir oferecer pipocas às raparigas. Maria e Salvador iam trocando caricias discretamente. No final do filme foram todos para a cozinha comer as delicias que a D.Isabel tinha preparado. Passaram uma tarde muito animada.

Tempestade de Emoções # 25

XXV

Quando chegou a casa, os irmãos mais novos não estavam, tinham ido passar a semana com os avós, Sofia e Vasco ainda estavam a dormir e Diogo estava sozinho a jogar playstation.
- Olá puto.
- Olá mana.
- Estás sozinho ?
- A sofia e o Vasco estão a dormir.
- Hm.. A mãe deixou almoço ?
- Sim, já liguei o forno.
- Hm, fiche. Então, vou só tomar um duche rápido.

Quando regressou, o irmão já tinha posto a mesa e a comida estava pronta. Como os outros dois ainda não se tinham levantado começaram a comer.
- Tens planos para hoje à tarde, mana ?
- Sim, por acaso tenho. Precisavas de alguma coisa ?
- Precisava que me ajudasses com um trabalho, mas não há problema, pode ficar para outro dia.
- Ah, boa.
- Que vais fazer ?
- Vou ver um filme com uns amigos.
- O Salvador também vai ? - perguntou com um ar matreiro.
- É um casa dele..
- Está bem. Diverte-te então.
- Tu vais ficar em casa ?
- Sim. Vou ligar ao João para ele vir para cá ou assim.
- Fazes bem.

Estavam já a terminar a refeição quando Sofia apareceu ainda com um ar ensonado.
- Bom dia, bela adormecida.
- Bom dia.
- Queres comer ?
- Hm, já vai.
Dali a pouco apareceu Vasco.
- Bom dia seus barulhentos!
- Bom dia
Enquanto Vasco e Sofia comiam Maria telefonou à mãe do amigo de Diogo. Pouco depois avisou os irmãos e saiu. Ia até à casa de Rita para deposi seguirem para a casa de Quica onde já estava Filipa.

domingo, 9 de janeiro de 2011

Tempestade de Emoções # 24

Maria voltou para dentro, estava gelada.
- Brr! Que frio.
- Ahahah, é bem feita. Estiveste quase uma hora, lá fora.
- Oh, teve de ser, olh'ágora.
- Com quem estiveste a falar ? Hmm ?
- Estive a falar com o Salvador.
- Uuuhh!
- Ele já voltou e trouxe uns amigos para passar o resto das férias com ele. Convidou-nos para irmos ver um filme com eles lá a casa.
- A sério ?
- Quando ?
- Sim , a sério. Amanha. Querem ir?
- Claro.
- Boa.

Maria enviou uma mensagem a Salvador a confirmar. Passaram o resto da noite na galhofa, entre filmes e jogos, etc. Tomaram o pequeno almoço ao nascer do Sol. Foram correr e regresseram a casa para almoçar.

Tempestade de Emoções # 24

XXIV

No dia seguinte foi almoçar com as amigas. Combinaram fazer uma festa do pijama como era habitual. Desta vez seria na casa de Rita. À hora do jantar Maria e as outras raparigas apareceram em casa de Rita com os sacos de cama e todo o material necessário. As raparigas divertiram-se imenso quando estavam juntas. Estavam a ver um filme de terror quando o telemovel de Maria tocou. Todas se assustaram, o que provocou o riso geral.
- Quem te chama a esta hora, Mia ?
- Ahahah, é segredo. - disse maria enquanto se afastava para a varanda.
- Estou.. - disse Maria com uma voz doce.
- Boa noite. Acordei-te?
- Claro que não.
- Mas já são horas de estares a dormir.
- Eish, que controlador. - disse Maria em tom de brincadeira.
- Estou a brincar, princesa. Como estás ?
- Hmm.. Bem. Não digas a ninguém, mas tenho muitas saudades tuas!
- Oh, é bom saber disso, sabes ?
- Então e tu, como estás?
- Bem..
- Salvador, onde é que te meteste, meu ? - ouviu-se uma voz do outro lado da linha.
- Não me digas que andas a brincar às escondidas.
- Ahahah, que engraçadinha. -ironizou Salvador.- Já vou ter com vocês. - disse para os amigos.- Estou na varanda, só isso. Apetecia-me ouvir a tua voz...
- Oh Salvador, assim eu coise.. - disse Maria com uma voz derretida.
- Pronto, pronto. Mas olha, sabes uma coisa ?
- Diz-me.
- Estou a ver muita água.
- Não sabia que moravas em frente ao mar.
- Hm, não é o mar.
- Não é o mar ? Vila do Conde não tem rio!
- Pois, isto é a agua da barragem.
- O quê ?! Já vieste ? A sério ? Quando?
- Ahah, sim, já cá estou. Cheguei eam umas nove da noite. Já não deu para te dizer nada, até porque não vim sozinho.
- Trouxeste o Fábio ? Diz que sim, dis que sim!
- Hm.. Lamento, mas ele tem jogo quinta, não pode.
- Oh.
- Trouxe uns amigos de lá.
- Hmm, muito bem.
- Mia, com quem estás tu prai a falar à tanto tempo ?
- Já vou Quica, não sejas melga.
- Ahahah. - riu Salvador.
- Estou numa festa de pijama
- Numa festa de pijama ? Ahahah.
- Parvo, não gozes. Isto é muito giro.
- Imagino, pintar as unhas, cortar na casaca dos rapazes, e por ai fora, deve ser de fato muito giro!
- Não fazemos nada disso. Vê-se mesmo que não tens irmãs. Olha, quando tu ligaste estavamos a ver um filme de terror. O telemovel tocou mesmo numa cena daquelas bué coisas! Ahahah, foi muito giro.
- LOOL! Tens de vir ver um filme comigo, um dia destes.
- E vou.
- Cá te espero.
- Salvador, o filme vai começar.
- Vais perder o filme, bad boy.
-Oh, já o vi.
- Sempre um passo à frente.
- Ahah, tem de ser. E tu não estás a perder nada de muito importante?
- Hm, acho que estão a jogar PES.
- PES?! Vocês jogam PES?!
- Fica sabendo que jogo e muito bem, Elas mais ou menos.
- Ahahah, que convencida.
- Logo verás.
- Ahahah, combinado, mas cuidado, podes sair desiludida.
- Que engraçadinho que estás hoje!
- Quando me vens ver?
- Se tivesse mota até ia agora.
- És louca? Elas iam matar-me . - brincou.
- Hm, não. Acho que elas iam compreender.
- Então, e se eu amanha te for buscar ?
- Amanha ? Hm, por mim tudo bem.
- Horas ?
- Quando tu quiseres,
- Então depois de almoço, como de costume.
- Oh, mas pera, tu tens lá os amigos...
- Sim, e ?
- E vou sozinha para o meio de tantos ?! Violam-me.
- Ahahah, és tão tola. Jámais deixaria que alguém te fizesse mal.
- Oh, que gentleman.
- Tem de ser. Mas vá, se não queres vir sozinha, trás as meninas.
- Isso já é abusar.
- Não é nada. Vais ver que vai ser divertido.
- Hm.. eu falo com elas, vá.
- Boa.
- Salvador e vires , não ?
- Estou a ir amorzinho.
- Amorzinho ?! Ahahah.
- Nãoo gozes. Os amigos é para serem tratados com carinho.
- Tens toda a razão.
- Vá, tenho que ir para ao pé deles.
- É melhor.
- Então vá, amanha diz-me alguma coisa.
- Sim.
- Boa noite, pequena. Diverte-te.
- Boa noite, Salvador. Igualmente.