segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Tempestade de Emoções # 4

 IV - Rebeldia

 No dia seguinte, Maria e os irmãos chegaram incrivelmente a horas.
- Bom dia, meninas !
- Maria! Ena, hoje chegaste a horas.
- Ahah , que engraçada Rita .
Ao toque as quatro raparigas dirigiram-se às respectivas salas de aula. Eram de turmas diferentes. Maria estava em Ciencias, Rita e Filipa também mas noutra turma, Francisca estudava Artes. A escola não tinah grande variedade, dado que a cidade era pequena e grande parte dos alunos ia estudar para fora. A manhã passou a correr e à tarde só teve uma aula. Mas tinha que esperar pelos irmãos para irem todos juntos para casa, então como as amigas estavam em aula, Maria decidiu ir para a biblioteca aproveitar o tempo. Até ao 9º ano tinha sido uma excelente aluna, sempre com nota máxima a todas as disciplinas. Agora no 10º ano as notas não estavam a ser como ela queria, já que tinha o objectivo/sonho de um dia ser médica como o pai. Estava então na biblioteca a estudar quando apareceu Salvador que se dirigiu à zona dos jornais. Vu Maria e foi ter com ela:
- Posso sentar-me ou estás muito ocupada ?
- Força - sorriu Maria.
- Então, tão sozinha ?
- Antes sozinha que mal acompanhada. - brincou
- Ahah, sendo assim vou já embora.
- Oh mas tu não és má companhia.
- Não ?
- Por enquanto não... Não te conheço.
- Hm, pois bem visto. Mas digo-te já ue sou muito má companhia.
- Ahah, vindo da própria pessoa não vale. Tenho de ser eu a constatar isso. Sou muito ver para crer.
Salvador sorriu. Ela derretia-se toda com o seu sorriso, a sua voz e ainda o seu sotaque.
- Então e tu ? Que estás aqui a fazer ?
- Vim ver os jornais..
- Menino informado.
- Ahah , tem de ser.
- Então e estás a gostar da escola ?
- Sim, até estou.
- Que convincente. - ironizou.
- Oh.. Tipo, sim até estou a ostar, mas também tenho saudades de casa, dos meus amigos, essas cenas, entendes ?
- Hm, pois, não deve ser fácil.. Olha, posso fazer uma pergunta ?
- Claro, Maria.
- Diz-se por ai que foste expulso da tua outra escola. É verdade ?
- Sim, é.
- Hm..
- Não me vais perguntar porque ?
- Não tenho muito a ver com isso.. Mas já que insistes, conta lá.
- És diferente, tu... Bem, acumulação de processos disciplinares. Um porque supostamente insultei uma professora, outro porque fui apanhado a fumar uma ganza e o mais recente andei à porrada com o filho do diretor.
- Ena, és rebelde. - brincou
- Mais ou menos. Não insultei a prof., disse-lhe apenas umas verdades e ela não gostou de ouvir. Já me deixei de charros e essas cenas. Agora, mal saio à noite, muito menos aqui. E o filho do diretor é que me provocou, mas como é filho do diretor..
- Pois, estou a ver.. è que muito sinceramente não tens nada ar de ser esse miudo rebelde.
- As aparecias iludem, pequena Maria.
- Sim, é verdade, mas o meu sexto sentido diz-me que desta vez não iludem.
- Sexto Sentido ? Que feminino .
- Ahah, e até sou.
- Bom Maria, tenho de ir. Vemo-nos pro ai.
- Eu também vou, até amanha Salvador.
Encontrou-se com as amigas ao protão enquanto esperava pelos irmãos.
- Então Maria, estudaste muito ?
- Até estudei. E as vossas aulas como correram ?
- Hm, a mesma seca de sempre.
Os irmãos chegaram e Maria foi com eles para casa. Não moravam longe da escola, por isso faziam o percurso a pé. Seguia-se a rotina da noite e um novo dia surgia, mais uma vez chegaram atrasados à escola. ao intervalo, Maria estava a contar às amigas a conversa do dia anterior com Salvador.
- É rebelde, o rapaz. - comentou Filipa.
- Naa, eu cá concordo com a Maria, não o vejo como rebelde.
- Eu acho-o bastante simpático.
- Estás derretida, Maria!
- Não estou nada.
- Um rapazinho daqueles, tem sotaque, tem uma scooter amarela.. Engana-me que eu gosto!
- Esqueceste-te de mencionar que ele tem uma voz doce, mesmo LINDA! - disse Maria.
 Riso geral.
- A minha mãe tem a turma dele e disse-me que ele tem um histórial um bocado critico em relação aos processos mas que é um rapaz super-inteligente e com muita cultura geral.
- O rapaz ideal para a Maria! Ahah.
- Oh não sejam tolas..
- Estamos a brincar, mas quem sabe.. - disse Rita. - já começa a ser altura de alguém agarrar a chave desse coraçãozinho.

Das quatro, Maria era a unica que nunca tinha vivido um grande amor. Camila e Quica tinham namorado, Filipa estava em vias de arranjar. Entretanto tocoue foram para a aula. À hora de almoço tinham treino de voleibol. As quatro pertenciam à equipa de voleibol da escola. Divertiam-se bastante a jogar e no ano amterior quase que chegavam à final Depois do treino Maria foi almoçar com os irmãos a casa. Os três tinham tarde livre. Hoje também a mãe folgava e por isso aproveitaram a tarde para ir às compras. 

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