sábado, 22 de janeiro de 2011

Tempestade de Emoções # 37

XXXVII


 
Maria passou a viagem a chorar. Tentava conter mas a dor que sentia era enorme. Chegada à Figueira foi até à Pousada da Juventude. As raparigas estavam a arranjar-se, tinham acordado à pouco tempo.
- Maria ? O queesás aqui aazer ? O que é queaconteceu ?!
Maria não conseguiu articular palavra, uma vez mais as lágrimas foram mais fortes.
- Oh minha pequena..
- Foi ele ? o Que é que ele te fez ?
Maria acalmou-se e contou às amigas o que tinha acontecido.
- Que cabrão!
- Oh, Mia... Tu não mereces! Não chores mais...

 * * * * *

- Puto, temos que falar.
- Diz.
- Vem cá a casa assim que puderes.
- É grave...
- Vem que já falamos.
Passados dez minutos Salvador , lá estava.
- Que se passa , Fábio ? Estás a assustar-me.
- Que andaste a fazer ontem à noite ?
- Ahm ? Como assim ? Estive no bar como tu .
- Olha, isto. - Fábio mostrou-lhe o bilhete que Maria tinha escrito. - Reconheces a letra ou assim ?
- Assim de repente não estou a ver... Mas suponho que seja de uma rapariga chamada Maria. Belo nome... Mas não estou a ver onde queres chegar. Conta de uma vez.
- Quantas namoradas tens, meu ?
- Uma, sabes bem!
- Não sei se sei. E mais? Nenhuma amiga colorida ?
- Fábio, desembucha!
- Então é assim: a tua namorada esteve em Vila do Conde, ontem. Esteve inclusivé no bar e pelo que sei não gostou muito do que viu.
- O quê ?! A Maria esteve cá ? Nãão! Aquilo foi apenas um impulso! Eu já não estava sóbrio e a miúda é gira e estava-me a bater o coro. Porra, não podia ter acontecido! Estraguei TUDO, Fábio!
Salvador entrou em pânico. Tinha cometido o maior erro da sua vida. Andreia chegou pouco depois e contou ao rapaz tudo o que tinha acontecido. Telefonou para Maria vezes sem conta. Estava em desespero. Maria desligou o telemovel. Salvador arranjou o numero de Rita, Quica e Filipa mas em vão. Nenhuma atendia. Escreveu mensagens, mas nada. Nada de nada.
- O que é que eu faço agora ?
- Agora esperas... Dás-lhe tempo. Ela vai acabar por te ouvir. Mas agora ainda está dominada pelo ódio, pela raiva...
- Eu não posso perdê-la Andreia, não posso!
- Mas ontem não pensaste nisso!
- Eu sabia lá que ela vinha! Ela tinha chegado um minuto mais cedo e nada disto acontecia!
- Não a estás a culpar, pois não ?
- Claro que não! E se eu for ter com ela agora ?
- Não me parece boa ideia. Deixa-te estar.
- E fico aqui? Sem fazer nada ?
- Dá-lhe espaço..
- Não. Eu tenho de ir tercom ela.
Mas Salvador estava com azar. Só ia conseguir viagem para o Interior no Sabado, não se lembrando que Maria podia estar na Figueira.

Na Figueira, Maria tentava recompor-se mas era muito dificil. Na praia dava longas caminhadas, tentava sempre manter-se ocupada... Certo dia estavam na praia a jogar voleibol quando apareceu um grupo de jovens a desafia-las para um jogo. Aceitaram e acabaram por socializar com o tal grupo. Iam à pousada tomar um banho, trocar de roupa comiam qualquer coisa e saiam para a noite. De bar em bar, uma discoteca ou outra... Numa noite encontraram os amigos da praia, iam fazendo amigos novos, conhecendo pessoas. Um dos novos amigos ficou bastante interessado em Maria, mas esta não lhe dava bola nenhuma. Maria mal conseguia dormir, tinha ainda a dita imagem na cabeça a dor aguda no peito. No ultimo dia, o tal rapaz que ficaram muito interessado em Maria convidou-a para um passeio, Maria aceitou. O rapaz comprou uma rosa vermelha e declarou-se:
- Miúda, foste a melhor coisa que me aconteceu estas férias! - disse entregando-lhe a rosa. O rapaz tentou beija-la mas Maria cortou-se.
No dia seguinte as raparigas regressaram às Beiras. Maria tentava a todo o custo disfarçar a tristeza que lhe ia na alma. Foi uma 'festa' quando chegou a casa.

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