domingo, 30 de janeiro de 2011

Tempestade de Emoções # 40

Maria estava sedada devido aos medicamentos mas estava com um ar tranquilo. Os pais foram os primeiros a entrar, depois Rita e Vasco ainda Quica e Filipa e por fim entrou Salvador. O rapaz sentou-se à beira da cama e agarrou na mão da rapariga fazendo ligeiros movimentos com os dedos.
- Desculpa, desculpa por tudo! - sussurrou enquanto as lágrimas lhe caiam .
Passado um pouco, Rita entrou no quarto. Salvador estava com um rosto sofrido mas fazia-se de forte, Maria continuava a dormir.
- Salvador...- sussurrou Rita. - não queres ir para casa. tomar um banho, dormir um pouco ...
- Não Rita. Não quero deixa-la. Fui eu que a pus mesta merda de situação, não vou deixa-la por um minuto que seja.
- Salvador, não estás a ser racional!
- É provavel que não mas tenta entender...
- Vai telefonar à tua avó, então. Ela deve estar preocupada.
- Sim, vou telefonar-lhe daqui a pouco. O meu tio já deve estar em casa.
Rita sentou-se também à beira da cama. Quica e Filipa tinham ido para casa, tomar um banho, comer qualquer coisa e dormir um pouco. Tinham combinado fazerem turnos. Vasco e Paula tinham ido também a casa, ver das crianças. Miguel tinha ficado.
- Ele devia ir para casa.
Salvador adormecera com a cabeça em cima da cama e a mão sobre a de Maria.
- Eu disse.lhe, mas como é obvio ele n~~ao me ouviu. Insiste que não quer deixa-la por um segundo que seja. Diz que se sente culpado...´- Culpado ? Como assim ?
- Ups! já falei demais !
- Estás à vontade, Rita... Ela é a minha menina.
- Sim, Dr, mas não é suposto ser eu a dar com a lingua nos dentes.
- Não sejas tola. Eu tenho todo o direito de saber.
- Bom.. Eles namoravam, eram muito felizes mesmo. Se os visse juntos pareciam daqueles casais dos filmes... Perfeitos, como que feitos um para o outro... Mas há umas semanas atrás chatearam-se. A culpa foi inteiramente dele e ele foi o primeiro a dar conta disso e a redimir-se. Fez-lhe mentes de surpresas, as mensagens no vosso jardim, as flores, até lhe dedicou uma música no karaoke. E ontem eles falaram, a Maria estava muito confusa, disse-me que precisava de por as ideias em ordem e a floresta é o refugio dela, mas desta vez a coisa correu mal e ela deve ter-se perdido ou o que quer que tenha sido. Então ele culpa-se por ela estar aqui no hospital.
- Oh meu Deus! E pensar que ainda outro dia nasceu! Estou estupefacto. Nem sei que te dizer. Apetece-me espanca-lo por te-la feito sofrer mas foi a sua persistencia que permitiu que ela fosse encontrada a tempo. Mais umas horas e era o fim.
- Shiiu!
Entretanto a enfermeira chamou Miguel, já tinham os resultados dos exames. Felizmente Maria estava completamente fora de perigo. Podia apenas apresentar algumas falhas de meória como na sala de observações... Enquanto Miguel connversava com o médico e a enfermeira, Maria acordou. Abriu os olhos bem devagarinho, Rita estava quase a dormir e Salvador tinha acordado à pouco tempo.
- Maria! - exclamou o rapaz. - ela acordou, carrega no botão.
Rita pressionou o botão para chamar a enfermeira.
- Mas o que é que aconteceu ? Onde é que estou ?
- Calma, querida. Tudo a seu tempo ? Como te sentes ? - inquiriu a enfermeira enquanto conferia o monitor dos registos.
- Pai ? Porque é que estou no hospital ?
- Não te lembras do que aconteceu Maria ?
- O que é que aconteceu ?
Dr, calma. Como lhe disse é normal. Ela está estável , o que como sabe é bom sinal, mais uns dias e ela está pronta para outra.
- Ó Sra enfermeira, com todo o respeito, mas esperemos bem que não haja outra!
- Mau, e tu quem és ? Bolas, respondam-me!
- Não te lembras de mim ?
- Não... Devia ^?
- Calma, rapaz. É normal, ela ainda está muito confusa.
- E de mim lembraste ? - perguntou Rita a medo.
- Que raio de pergunta é essa? Claro que me lembro! És a... - hesitou por momentos. - Rita! Como podia eu esquecer-me ?! És a minha melhor amiga!
Salvador contorseu-se todo.
- Então ouve-me com atenção, Maria. Tu ontem foste correr para a floresta e nunca mais voltavas. Não sabemos o que se passou por lá, passaste lá grande parte da noite. Encontraram-te já de madrugada perto de um riacho, toda molhada, atremer... Estavas a sangrar da cabeça e tinhas uma ferida feia no joelho. E pronto foi assim que chegaste ao hospital. - explicou <Camila.
- A sério ? Que cena.
- Salvador, vem comigo, por favor. - disse a enfermeira vendo que o rapaz estava aflito.
O rapaz percebeu a deixa e foi. Encostou-se à parede.
- Queres falar ou queres que te deixe a sós ?
- Perfiro ficar sozinho, obrigada.

1 comentário:

  1. tas a meter nos capitulos sempre o mesmo numero S:
    esta lindo como sempre. escreves mesmo bem. esta historia vai dorar tanto :b
    tens que publicar um livro com esta historia :)

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